Pesquisa foi respondida por 536 responsáveis de alunos.
Na última semana a Secretaria Municipal da Educação Cultura e Esportes (Smece) de Cruzeiro do Sul concluiu uma pesquisa junto aos pais dos estudantes da rede de Ensino Fundamental frente as atividades domiciliares que estão sendo enviadas durante o período de pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Ao todo foram colhidas 536 respostas somando os sete educandários. Destas respostas 97,2% dizem que os alunos estão tendo acesso as atividades propostas; 74,8% tem acesso a internet e a ferramenta mais utilizada (95,7%) é o celular; 86,9% considera adequada a quantidade de atividades enviadas; 78,9% dizem que os alunos estão conseguindo resolver as questões propostas; 87,3% das atividades estão sendo devolvidas para a escola/professor; 81% dos responsáveis estão conseguindo ajudar os alunos; e metade dos pais informaram que o seu filho voltaria para a escola caso as aulas fossem retomadas no mês de julho.
A Secretaria informa que ficou feliz com o resultado da pesquisa, pois a grande maioria das famílias está satisfeita com as atividades domiciliares. Com relação às dúvidas e sugestões, a pasta realizou um levantamento e tentará, na medida do possível, responder às famílias.
“A pandemia do novo Coronavírus mudou completamente a nossa rotina, tanto às famílias quanto para as escolas. Como forma de prevenir a proliferação desse novo vírus somos obrigados a conviver com distanciamento social e sem aulas presenciais desde o final de março. Muitas decisões não cabem a nós enquanto Secretaria, mas estamos acompanhando e obedecendo às normativas da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), ministério da Educação (MEC), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e Governo do Estado do Rio Grande do Sul. O que já sabemos é que estas atividades domiciliares serão validadas como dias letivos e estamos em constante busca de meios para que todos os alunos tenham acesso e estejam desenvolvendo-se integralmente, sem com isso prejudicar a saúde dos nossos estudantes”, observa a coordenadora pedagógica Carine Dullius.
Ainda conforme a Smece, a retomada das aulas presenciais ainda se mostra incerta, entretanto, conforme as orientações recebidas até o momento, quando isso ocorrer, será de modo parcial/gradual, ou seja, será dividida a quantidade de alunos de cada turma, sendo que metade terá aula presencial em um dia e a outra metade no outro. “O grupo que ficar em casa continuará tendo atividades domiciliares, com isso reduziremos também a quantidade de alunos dentro do transporte escolar, evitando aglomerações”, frisa a secretária Anelise Assmann.
Para a volta às aulas é necessário que medidas sejam tomadas para assim garantir a segurança dos alunos. É necessário que protocolos sejam elaborados. Pesando nisso, Município e escolas estão criando o Centro de Operações em Emergência e Saúde Pública (COE-E) que irá fiscalizar e controlar a aplicação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e protocolos de limpeza em cada instituição de ensino, para um controle efetivo a propagação da pandemia. Entre as medidas a serem tomadas estão: reduzir o tamanho das turmas para aumentar o espaçamento entre os alunos; impossibilidade de retorno do turno integral nas escolas; intensificar a frequência de higienização e sanitização de ambientes; monitorar a saúde de funcionários e alunos; conferência da temperatura na entrada da escola; desinfecção dos calçados; utilização de máscaras por todos os presentes no ambiente escolar (cada aluno receberá duas máscaras, não descartáveis, que ficarão sob sua responsabilidade); medidas de distanciamento social; uso de álcool gel; higienização frequente das mãos com água e sabão.
Ainda de acordo com a Secretaria, poderão surgir novos protocolos e novas ações a serem tomadas de acordo com as necessidades. “Precisamos reafirmar que ninguém estava preparado para enfrentar uma situação atípica como essa e que os nossos professores estão estudando e pensando constantemente na melhor forma de planejamento e atendimento às famílias e aos alunos”, reforça a coordenadora pedagógica.
As atividades domiciliares são elaboradas pelos professores de cada turma com conteúdo selecionado dentro do nível de aprendizagem de cada estudante, com a preocupação de enviar atividades na quantidade em que a família consiga se organizar para a realização das mesmas, porém se a família não conseguir fazê-las dentro do prazo estipulado deverá entrar em contato com o professor ou direção da escola. “Família e escola precisam mais do que nunca estar em constante comunicação e trabalho em conjunto, almejando sempre o melhor para a criança. Entendemos que o momento precisa ser de calma e tranquilidade e sabemos que muitos conteúdos que estão sendo propostos nas atividades domiciliares precisarão ser revistos e recuperados no retorno das aulas presenciais. Essa pandemia nos vem mostrando que precisamos nos cuidar, mas também que precisamos cuidar do outro”, completa a secretária.
Gráficos da Secretaria Municipal da Saúde
Assessoria de Imprensa de Cruzeiro do Sul