Desde que entrou em vigor o decreto estadual que impôs medidas restritivas aos
comerciantes, com base na classificação de bandeira preta, a Associação Comercial e Industrial
de Encantado (ACI-E) está engajada no desenvolvimento de ações com o propósito de
defender seus associados.
No entendimento da ACI-E, o sentimento é de injustiça pela decisão de impedir que o
comércio mantenha o atendimento normal, sobretudo, por entender que os estabelecimentos
não são locais de contaminação do vírus, uma vez que seus proprietários adotam os protocolos
sanitários conforme estabelecido pelas autoridades. “O exercício das atividades econômicas de
modo responsável não levou à atual situação da pandemia e do sistema de saúde”, diz um
trecho da nota publicada pela entidade nesta semana.
Nos últimos dias, a Associação vem mantendo contatos sistemáticos com o presidente da
Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Anderson Cardoso, e
com lideranças das demais afiliadas, a fim de fortalecer o movimento para que as restrições
implementadas sejam revistas e liberadas já na próxima semana, além de outras demandas
(veja quadro).
Ao mesmo tempo, em reunião com a Administração Municipal de Encantado, a ACI-E solicitou
que seja intensificada a fiscalização e a desmobilização das aglomerações sociais ou de lazer e
se colocou à disposição da municipalidade para auxiliar nas medidas em andamento e de
outras alternativas.
No ambiente interno, a equipe trabalha na reorganização do Grupo de Apoio ao Associado
(GAA). Segundo a executiva Bernardete Rissi, o objetivo é acolher e apoiar as empresas no
enfrentamento de dificuldades decorrentes da pandemia. “Em breve vamos comunicar como
os associados poderão acessar esse serviço”, acrescenta.
Já a presidente Maria Cristina Castoldi reforça o pedido para que sejam seguidas as medidas
de prevenção: higienização constante, uso da máscara, evitar ambientes fechados e
aglomerações, observar o teto ocupacional e manter o distanciamento de dois metros.
“Orientem seus familiares, funcionários, amigos e vizinhos. Precisamos diminuir o número de
contaminados para desafogar nossos hospitais e UTIs”, destaca Maria Cristina.
Ações e demandas da Federasul e Associações
1. Participação na reunião do Comitê de Crise do Estado: foi postulada a manutenção da
cogestão e abertura do comércio não essencial, mesmo em bandeira preta, obtendo êxito no
primeiro pleito;
2. Tele-entrega e pagamentos: diante do fim da cogestão e do fechamento do comércio não
essencial, foi solicitada a possibilidade da manutenção das atividades com tele-entrega para o
comércio e a possibilidade de recebimento de pagamentos, obtendo êxito no pleito;
3. Abertura do comércio não essencial: a entidade alinhou a formalização conjunta de pleito
de todas as federações empresariais, ao Governo do Estado, da abertura do comércio não
essencial com os mesmos protocolos da bandeira preta para o comércio essencial, tratando
com diversos secretários sobre o tema e sua importância;
4. Suspensão de pagamentos de ICMS durante a paralisação das atividades e mais
investimentos públicos em saúde, especialmente em UTIs.
Ascom ACI-E