Ano de enfrentamento a diversas dificuldades fez com que Amvat se consolidasse como entidade de defesa regional Para o presidente da associação, região já estaria preparada, inclusive, para fazer o processo de imunização, quando a vacina contra o Coronavírus estiver disponível
O ano de 2020 foi de inúmeros desafios, especialmente para os municípios da região: uma seca que trouxe prejuízos à agricultura, a pandemia do novo Coronavírus e a pior enchente dos últimos 60 anos assolaram o Vale do Taquari. Em todas essas demandas, as cidades encontraram apoio na Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), que se consolidou como a mais importante organização política regional, assumindo a frente de diversas decisões importantes, que interferiram no dia a dia da população do Vale.
Em março, no início da pandemia, foi a Amvat, representando os seus 36 municípios associados, que determinou o fechamento dos estabelecimentos comerciais não essenciais. Já no mês de julho, a entidade se posicionou sobre questões polêmicas, como a adoção do protocolo regional para tratamento precoce de pacientes com Covid-19. A entidade organizou uma videoconferência com prefeitos e especialistas da área da Saúde para discutir o tema. O presidente da Amvat e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, na época, comentou: “Ninguém está impondo o kit de tratamento precoce, mas ele surge como opção. Em tempos de guerra, essa é uma oportunidade do paciente tomar a medicação, junto com orientação médica”, observou.
Hoje, na avaliação de Kaplan, que assumiu a presidência da Amvat no início de junho, a pandemia mostrou como é importante articular a região como um todo. A cogestão, por exemplo, pela qual as regiões podem usar protocolos específicos validados por um comitê científico, foi uma prova de como o Vale está organizado. “A cogestão evidenciou que nós temos potencial para esse enfrentamento. Nós temos pessoas técnicas e qualificadas, estamos numa região organizada com hospitais e unidades de saúde que fazem um trabalho muito bom.”
Sobre a pandemia, o trabalho de articulação realizado pela Amvat também dá segurança, conforme Kaplan, para o momento em que a vacina contra o Coronavírus chegar ao Estado. “Hoje eu posso dizer que nós teríamos, tranquilamente, uma facilidade para enfrentar o processo de imunização da nossa população. Estamos articulados e organizados”, afirma o presidente da entidade.
Além da pandemia, a Amvat foi atuante em demandas regionais como a seca, no início deste ano, e a enchente, no mês de julho. Nos dias 21 e 22 daquele mês, uma comitiva de dez prefeitos do Vale foi a Brasília buscar recursos para obras de recuperação e ajuda às famílias desabrigadas. Os 11 municípios da região mais afetados pela cheia, acumularam prejuízo estimado em mais de R$ 170 milhões. “Mobilizamos prefeitos e, com apoio do gabinete do senador Luiz Carlos Heinze, a Amvat liderou a comitiva, que se reuniu com ministros e representantes do governo federal. Isso resultou na liberação de verbas para que diversos municípios possam executar projetos que minimizem os efeitos de futuras inundações”, observa Kaplan.
Fazendo um balanço, para o presidente da entidade, a principal marca do ano de 2020 para a Amvat é o trabalho conjunto. “A cogestão veio nos mostrar que nós conseguimos modificar a bandeira de vermelha para laranja, e isso mostra nossa força. Mas não é só isso. O que mais chama nossa atenção é a grande participação dos prefeitos quando trabalhamos um assunto de interesse regional. Assim conseguimos nos unir, agregar a nossa mobilização ao trabalho de técnicos e até nos aproximar de entidades de outras regiões, fazendo um trabalho coletivo”.
Nova gestão
No início de 2020, o presidente da Amvat foi o prefeito de Nova Bréscia, Marcos Martini. No dia 2 de junho, o prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, assumiu a entidade. Ele ficará à frente do cargo até o início do próximo ano, quando e entidade fará a eleição do novo presidente para 2021.