Conforme matéria publicada na terça-feira, dia 15 de setembro, pela Agência Brasil, com o isolamento social e o medo de comparecer aos serviços de saúde durante a pandemia de covid-19, a cobertura vacinal no Brasil este ano está abaixo da meta, com algumas vacinas do calendário básico do Programa Nacional de Imunização (PNI) não atingindo metade do público-alvo esperado. O alerta foi feito pela Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), durante o lançamento da campanha #CRIE+proteção, para divulgação dos serviços gratuitos dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries).
O presidente da SBIm, Juarez Cunha, apresentou dados do Data SUS referentes a agosto, segundo os quais nenhuma cobertura para crianças até 2 anos atingiu 60% do público-alvo no período. No caso da hepatite B, estava em 45,35%, da poliomielite, em 51,75% na primeira dose e 45,23% no primeiro reforço e, no reforço da tríplice viral, em 44,34%. E apenas 10% das gestantes tomaram a dTpa no mês passado. Essa vacina protege contra difteria, tétano e coqueluche. Segundo Cunha, o risco é que todas essas doenças, que estão eliminadas ou controladas, podem retornar, principalmente com o retorno da mobilidade de toda a população e o retorno às aulas. Ele Lembrou que, no ano passado, não se atingiu a meta em nenhuma vacina para até 2 anos, com praticamente todas ficando abaixo dos 85%.
A vice-presidente da SBIm, Isabella Ballalai, ressaltou que, desde 2017, a cobertura vacinal vem caindo, com o aumento do movimento de “hesitação ante a vacina”, o que levou o país ao retorno, por exemplo, do sarampo, com 18 mil casos em 2018, 10 mil em 2019 e ter registrado quase 8 mil casos este ano, apesar da pandemia e do isolamento social. O médico e divulgador científico Dráuzio Varella, que apresenta a campanha dos Cries, disse que a expectativa de vida no país mais do que dobrou no último século, passando de 35 anos em 1900 para 76 anos atualmente. Varella afirmou que a vacinação é responsável por boa parte desse avanço, ao lado do saneamento básico e das melhores condições de higiene, e condenou veementemente os movimentos contrários à vacinação. De acordo com a médica do Crie Martha Lopes, o programa de vacinação brasileiro, criado em 1973, é o maior do mundo e foi responsável pela eliminação da poliomielite no país desde 1994 e da rubéola desde 2015.
Cruzeiro do Sul
Em Cruzeiro do Sul, de acordo com a secretária da Saúde, Aline Henz, a média da cobertura vacinal no município, em 2020, está em 70%. Até o momento a vacina mais procurada é a Pneumocócica com 85,7% e a menos acessada é a da Febre Amarela com 56,6%.
Assessoria de Imprensa de Cruzeiro do Sul