Além de levarem demandas coletivas para Brasília, entre elas habitação para quem perdeu a sua casa ou parte dela na cheia do Rio Taquari, ocorrida de 7 a 9 de julho, alguns prefeitos do Vale do Taquari têm na mala propostas individuais e que demandam recursos expressivos. Duas delas somam previsão de investimento em R$ 16.668.441,80. Devido ao valor elevado, as prefeituras de Cruzeiro do Sul e de Lajeado buscam a ajuda da União.
O projeto com maior custo é de Lajeado e trata da reconstrução da barranca do Rio Taquari. O valor estimado é de R$ 8.746.674,54. O esboço foi registrado de forma online, junto à Defesa Civil nacional. Mesmo assim, diante da necessidade, está na Capital federal. A apresentação será feita pelo prefeito Marcelo Caumo (PP) e o coordenador de projetos especiais da Prefeitura de Lajeado, Isidoro Fornari Neto.
Há fotos anexadas ao texto e que mostram os estragos causados à margem. Desbarrancamentos foram identificados na Rua Oswaldo Aranha, em nove pontos – um deles junto a um dos belvederes, este situado em frente ao Restaurante Barranco; na Rua Bento Rosa, nas proximidades da Associação Atlética Municipal, também afetada pela cheia; e na Avenida Beira Rio, em dois pontos, perto do entroncamento com a Avenida Henrique Stein Filho.
Já Cruzeiro do Sul propõe um novo traçado viário para a Rua Rubem Feldens, após esta ter sido comprometida com deslizamentos de terra. Neste caso o orçamento é de R$ 7.921.767,23. A via faz ligação entre Cruzeiro do Sul e Lajeado. A Prefeitura de Cruzeiro do Sul também registrou o projeto, mas fez questão de encaminhá-lo pessoalmente, através do prefeito Lairton Hauschild (PSDB), que está em Brasília. Onze prefeitos fazem roteiro na Capital entre esta segunda (20) e a quarta-feira (22).
Secretário diz que no momento a necessidade é por alimentos
A Secretaria da Assistência Social e Habitação de Cruzeiro do Sul segue auxiliando as pessoas que foram atingidas pela maior cheia das últimas seis décadas do Rio Taquari. Conforme o secretário Ubirajara da Silva Marques, o Bira, neste momento são necessárias doações, principalmente de alimentos. Móveis em bom estado também podem ser doados. Segundo ele, foram cerca de 1,5 mil pessoas atingidas pela cheia no município. “Roupas temos o suficiente, mas os demais produtos ainda temos muita necessidade”, salienta Bira. “Seguimos aceitando doações pois muitas famílias perderam tudo que tinham. Hoje fui buscar coisas em Fazenda Vilanova, mas já recebemos doações de Nova Bréscia, Colinas, Imigrante, Santa Clara do Sul e outras cidades”, conta o secretário em entrevista à Rádio Independente.
Devido a alta procura, o secretário lamenta não conseguir atender todas as pessoas com a devida atenção.
Quem quiser fazer doações pode ligar para a Assistência Social do Município pelo telefone (51) 3764-1120 ou WhatsApp (51) 9 8040-2632.
Durante a participação, Ubirajara da Silva Marques, esclareceu uma situação que circula pelas redes sociais. O secretário explica que as roupas colocadas fora pertenciam a uma dona de brechó, localizado na Vila Zwirtes, e não são roupas doadas para população.
Texto: Grupo Independente
