O extensionista da Emater/RS-Ascar, o engenheiro agrônomo Cezar Burille, destaca que os tempos mudaram e que, atualmente, há um aumento da fiscalização da Vigilância Sanitária na intenção de gerar segurança alimentar para quem consomem erva-mate. “E isto se reflete em toda a cadeia produtiva, com a adoção de práticas mais sustentáveis, com tecnologias que reduzem o estresse ambiental”, aponta o extensionista, destacando a adubação baseada em análises de solo, o manejo de pragas e doenças e a implantação de sistemas agroflorestais (SAFs) como alternativas que se enquadram nesse processo.
Nesse sentido, a Emater/RS-Ascar tem se apresentado como parceira dos agricultores na assistência técnica direta nas propriedades e também em ações coletivas – antes da pandemia -, como cursos, palestras, dias de campo e outras atividades. Um bom exemplo disso foi o curso de Boas Práticas para a Erva-Mate, que já formou uma turma de agricultores, com o objetivo de estimulá-los para que tenham mais qualidade e produtividade, com redução de custos. “Estas capacitações envolvem desde implantação do erval, passando pelo sistema de produção até chegar à comercialização”, destaca Burille.
Entre as práticas, a adoção de sistema agroflorestal tem sido estimulado, uma vez que a erva-mate também é uma planta nativa. “Nesse sistema, a produtividade pode até ser menor do que no chamado ‘cultivo solteiro’, mas a compensação surge na menor incidência de pragas, na valorização do produto e nas melhores condições para colheita no verão, por se tratar de um ambiente sombreado”, observa o agrônomo. Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), propriedades que adotam boas práticas podem receber certificados de conformidade de exploração sustentável dos ervais. “O que, no futuro, poderá representar um nicho de mercado”, finaliza Burille.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado
Jornalista Tiago Bald