A análise de solo, de acordo com Antoniolli, é capaz de passar para o agricultor uma série de informações que orientarão o manejo a ser seguido naquela propriedade. “No caso da família Scheibel, o que percebemos a partir da análise físico-química do solo, foi que ele estava salinizado”, argumenta o extensionista. Por “salinizado”, leia-se com “excesso de nutrientes”. “Como a cada plantio a família aplicava um pouco de adubação química, havia nesse caso um acúmulo de sais minerais, tanto que o pH do solo estava próximo de 4, portanto ácido, quando o ideal é que ele esteja mais próximo de 6”, esclarece Antoniolli.
A solução encontrada com o apoio da extensão rural foi a de orientar os agricultores – Fábio e seu pai Cláudio -, para a colocação de calcário, como forma de reequilibrar o pH do solo e diminuir a aplicação de adubação química. A família também foi orientada a investir na adoção de coberturas com matéria orgânica, que fortalecem o sistema em que as plantas estão dispostas. “Para nós foi uma mudança da água para o vinho”, comenta Fábio Scheibler, que afirma que a família andava preocupada por não conseguir identificar o problema, mesmo com tantos anos de “estrada”. “Quando a gente vê a horta com doenças, a nossa tendência é a de tentar solucionar por meio da aplicação de produtos”, pondera.
Reanimada, a família pôde voltar a entregar os produtos como fazia anteriormente: para grandes supermercados de Lajeado e por meio de políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Com investimentos variados – inclusive por meio do Pronaf – e com o apoio da extensão rural, a horta com alface, rúcula, repolho, couve, cenoura, beterraba e temperos voltou a ser vistosa. A Emater/RS-Ascar atua por meio de parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado
Jornalista Tiago Bald