Conforme o agente epidemiológico da Prefeitura, Sidnei Tietze, a maioria dos casos da doença são registrados em outras regiões do Estado, o que não deixa de ser assustador. “Temos a informação de que nas últimas duas semanas foram nove casos confirmados no município vizinho de Venâncio Aires e para isso se proliferar é muito fácil, basta termos a presença do mosquito”, frisa.
Outro dado que chama atenção de Tietze são os cerca de mil casos autóctones – que foram contraídos de pessoas locais, já com a doença. Em torno de 230 são casos importados. Além dos já confirmados, há quase 600 casos ainda sob investigação.
O agente apresenta outro importante dado informado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), no que diz respeito a infestação do mosquito no RS. No ano 2000 eram 14 municípios infestado. Passados 20 anos o número chega a 387 cidades com a presença do Aedes. Em Cruzeiro do Sul, até o momento, em 2020, foram três focos identificados. Lembrando que além da dengue o Aedes Aegypti e responsável pela transmissão do zika vírus, da febre amarela e da chukungunya.
Sidnei Tietze salienta a importância deste momento para que as pessoas cuidem dos seus pátios e terrenos baldios, evitando que ocorra a incidência de água parada, que é a única maneira para que ocorre a proliferação do inseto. “Estamos num período de seca, o que está freado o acumulo de água. Além disso, com a quarentena e as pessoas estando mais em suas casas, com mais tempo sobrando, sugerimos que aproveitem para fazer uma varredura nas propriedades. Uma tampinha de garrafa com água acumulada é suficiente para que o mosquito coloque seus ovos e os mesmos “eclodam”, assinala.
O profissional esclarece que assim que o ovo do mosquito entra em contato com a água, em cerca de dez minutos ele eclode e em sete dias se torna um mosquito adulto, que no oitavo dia já estará pondo ovos. Cada fêmea coloca em torno de 1,5 mil ovos. Lembrando que o mosquito vive entre 30 e 35 dias.
Assessoria de Imprensa de Cruzeiro do Sul