De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar Julio Marcon, são três os fatores principais que não possibilitaram à cultura a expressão de todo o seu potencial produtivo. “O primeiro deles foi a primavera com alta incidência de chuvas, o que inclusive atrasou o plantio em algumas áreas”, explica Marcon. “Após, a estiagem e as chuvas irregulares, especialmente em estágios de floração e formação de grãos, também prejudicaram o desenvolvimento, com tudo sendo agravado por ocorrências de vendaval e granizo em algumas localidades”, comenta.
Não por acaso, o extensionista da Emater/RS-Ascar Dario Busch salienta o fato de que, muito provavelmente, alguns produtores precisarão acionar o seguro agrícola, especialmente após a cultura entrar no estágio de maturação, o que possibilita visualizar com mais clareza as perdas. “Em Putinga, o plantio de milho tem extrema importância dentro do sistema agrícola das propriedades rurais pois, além de ser uma atividade econômica que gera renda, é, atualmente, o principal insumo para a criação de aves, suínos e bovinos de leite”, avalia.
Sobre as perdas, a Emater/RS-Ascar, que atua por meio de convênio com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado, é o órgão responsável por levantamentos e elaboração de laudos para o encaminhamento do seguro junto aos agentes financeiros que contrataram o projeto. “Nesse sentido, a orientação é de que os produtores procurem a entidades para o esclarecimento de dúvidas em relação a esta política pública, se assim por necessário”, observa Busch.
A Emater/RS-Ascar destaca que, para se ter acesso ao seguro agrícola, o produtor deve ter plantado dentro da área de croqui planejado no momento da contratação do custeio, que tenha aplicado a tecnologia e o manejo adequado para a cultura e que o beneficiário tenha as notas de despesas e de insumos utilizados pelo titular. “De posse destes, é possível dirigir-se ao agente financeiro contratante para fazer a comunicação da perda”, explica Marcon. “Após acionado o seguro, o agricultor deve esperar a visita do perito, não realizando nenhuma intervenção na área, sem a devida avaliação”, finaliza.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado
Jornalista Tiago Bald