Projeto desenvolvido na Emef Odilo Afonso Thomé tem carrocho de pelúcia e sua mala de livros como aliados do aprendizado
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Odilo Afonso Thomé, localizada no Bairro Imigrantes, em Estrela, traz em seu ano letivo o reforço de uma série de projetos educacionais, próprios e paralelos. Muitos terão sequência em 2020, quando o educandário completará 35 anos. Um deles o “Prática de Leitura nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental”. Em execução desde o início do ano, tem como aliado o mascote Thomé, o famoso “cachorro de pelúcia da mala de livros”, incentivador da leitura. Alunos vibram com o novo amigo. Direção e professores destacam os positivos resultados didáticos e práticos obtidos com a parceria.
O “Thomézinho”, como é mais conhecido pelos alunos, realiza visitas rotineiras às turmas. Quando chega a uma delas, permanece sempre por até duas semanas. Na tradicional mala que carrega consigo, leva uma série de livros, gibis, ilustrações e outros materiais didáticos. Conforme a diretora Letícia da Silva dos Santos, a prática desenvolveu-se com todas as turmas das séries iniciais, metodologicamente de maneira dinâmica, onde os educandos exploram, de forma diversificada, as obras literárias inseridas na mala. “É conhecimento de todos que a prática da leitura proporciona uma aprendizagem significativa, através da compreensão do conhecimento e do saber”, explica a diretora.
De acordo com o conceito educacional do projeto, o mesmo visa proporcionar aos alunos acesso a bibliografias diversificadas, de qualidade editorial e literária, que desenvolvam a prática da leitura como forma de prazer. Na mala, obras diversas, entre elas o livro “Cabruxa, a Bruxa Inventada”, cuja autora é uma das professoras da escola, Luciane Abreu. Esta semana, Thomézinho e a mala se encontram no 5º ano. Um dos momentos de inteiração entre os alunos e o mascote ocorre na aula do professor André Luís Transki Azeredo. Maria Eduarda Dutra (10) comemora estes momentos. “É legal. Conheço muitas coisas que eu não imaginava”, diz a menina, que afirma gostar da escola e dos colegas. Outro material levado pelo mascote da mala trata-se, na verdade, de uma espécie de livro de registos. Nele as crianças deixam relatos de suas experiências de vida, com a escola e com o que aprendem com o projeto. Também descrevem histórias próprias. Fotos dos alunos nos momentos de leitura são anexados. Livro este que, depois de estar com as páginas completas, terá como destino a biblioteca da escola e servirá como uma lembrança, podendo ser consultado, futuramente, pelos próprios ex-alunos autores.
Colega de Maria Eduarda, Andrios Menezes da Silva (10) também adora a presença do mascote. “A gente se diverte com o que tem na mala. Dá para descobrir muitas coisas”, afirma o jovem. “Algumas vezes a leitura coletiva se dá em ambientes externos, o que ajuda na ambientalização das histórias”,destaca Azeredo. Segundo os professores idealizadores, a proposta objetiva justamente despertar o gosto pela leitura desenvolvendo ações pertinentes ao convívio social dos alunos, quando são compartilhadas experiências e vivências em momentos de reflexão sobre o cotidiano e meio social do qual fazem parte. “E os resultados obtidos são positivos, pois transcendem e instigam nos educandos o gosto pela leitura. Esta prática desafia os leitores, que são os principais atores no processo de aquisição de uma aprendizagem significativa, a uma compreensão do mundo no qual estão inseridos, respeitando a diversidade cultural existente em seu meio”, explica a diretora Letícia dos Santos, que faz uma última ressalva: “Thomézinho aceita novos amigos e obras.”
Texto: Rodrigo Angeli
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Estrela