Em um único espetáculo, encenação emocionou o público que lotou as dependências da praça da Matriz, no centro da cidade.
Emoção. Este foi o sentimento que pairou sobre a praça da Matriz na noite de sexta-feira Santa, dia 19, em Muçum. Milhares de pessoas puderam renovar sua fé e refletir sobre o significado da Páscoa: a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Tudo de forma gratuita e voluntária. Foram cerca de 85 atores e produção que se dedicaram durante quatro meses para apresentar a peça teatral mais conhecida e encenada do mundo: a Paixão de Cristo. A cidade-teatro construída nos morros da Igreja Matriz, no Centro da cidade encheu os olhos de quem chegava de mansinho. Nunca algo tão grandioso havia sido preparado para esta data na cidade: cenários novos, iluminação e sonorização digna de produções famosas e interpretação impecável dos artistas.
O público, formado por expectadores de todas as idades vindos de várias cidades e regiões do RS, além de outros estados do Brasil foi convidado a entrar de corpo e alma na apresentação, participando de todas as cenas, surpreendendo-se com o realismo que brotava das interpretações dos personagens.
Com a criação de um novo texto, o público foi surpreendido também pelas novas cenas majestosas que foram introduzidas no espetáculo, como a cura do cego, a discussão de Caifás e sua esposa Judite, a prisão de Barrabás, além das tradicionais cenas da santa ceia, condenação e açoitamento de Jesus, o enforcamento de Judas, o bacanal do rei Herodes, o caminho até a crucificação e a ressurreição de Jesus.
Conforme o diretor do espetáculo, Ranieri Moriggi, as expectativas foram superadas e o sentimento de missão cumprida predominou toda a equipe após a apresentação. “Desde o início, quando as encenações aconteciam no salão paroquial, o espetáculo é realizado com muito suor, excesso de dedicação e comprometimento de todos os envolvidos. Em 2019, fomos além. Nós nos esmeramos na riqueza dos detalhes e no realismo das cenas a fim de proporcionar ao nosso público uma viagem no tempo, na qual as pessoas possam viver emoções como se estivessem presenciando os fatos que aconteceram há mais de dois mil anos”, afirma Moriggi.