

Na quarta-feira (12) agricultores integrados a Cooperativa Languiru se reuniram na sede da entidade, em Teutônia, para uma capacitação em rastreabilidade para produtos vegetais, onde estiveram presentes cerca de 50 pessoas. O tema está sendo amplamente discutido pela Emater/RS-Ascar com agricultores que cultivam frutas e hortaliças desde agosto desse ano, mês que entrou em vigor uma Lei que determina que certos produtos vegetais contenham informações padronizadas que identifiquem o produtor ou o responsável em envoltórios, caixas, sacarias e outras embalagens.
A iniciativa está relacionada ao fato de que ambas entidades desenvolveram de forma conjunta o Programa de Inclusão Social e Produtiva da Agricultura Familiar. O projeto, lançado ainda em maio do ano passado, busca a continuidade das pequenas propriedades rurais – especialmente as que têm o leite como matriz produtiva – visando o fomento a Assistência Técnica Rural e Social e o estímulo aos agricultores para investirem em outros cultivos.
Nesse sentido, agricultores integrados a Cooperativa em diversos municípios já tem áreas plantadas com frutas e hortaliças que poderão ter o seu excedente entregue para os supermercados que integram a rede da Languiru. “E isto, de alguma forma, justifica a necessidade desta capacitação, já que a fiscalização será feita em mercados que, se possuírem nas gôndolas alimentos não rastreáveis, poderão ser severamente multados”, comenta o assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Lauro Bernardi.
Assim, a reunião buscou orientar os agricultores para a necessidade de que adotem algum tipo de identificação nos cultivos e que este informe o produtor, endereço, variedade da cultivar, quantidade, lote, data da colheita, entre outros. Inicialmente, a rastreabilidade – que tem o seu foco no monitoramento e no controle de resíduos de agrotóxicos em todo o território nacional – está sendo aplicada aos citros, maçã, uva, alface, repolho, batata, tomate e pepino. A partir de fevereiro de 2019, outros produtos como morango, cenoura, agrião, brócolis, pimentão e abóbora serão inclusos no processo.
“A nós cabe compreender os desafios impostos na implantação do sistema, avaliar as exigências da legislação e mobilizar as famílias produtoras de vegetais frescos para os ajustes frente a esta normativa”, avalia Bernardi. O evento contou ainda com a participação do gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, que valorizou a iniciativa e destacou o fato de muitos produtores envolvidos no projeto também integrarem o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar (PGSAF), executado pela Emater/RS-Ascar por meio de convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperartivismo (SDR).
Texto: Ascom Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado