A formação educacional de crianças e adolescentes pode ir muito além dos conteúdos básicos dos currículos escolares. E uma das possibilidades se concretiza na região com o programa social A União Faz A Vida, desenvolvido pela Sicredi Vale do Taquari em escolas dos municípios de Lajeado, Marques de Souza e Travesseiro. As atividades são realizadas em parceria com a Univates, que através de um grupo de cinco professoras da Associação Pedagógica Externa (APE) auxilia na formação dos educadores e desempenho das tarefas. Aplicado em nível nacional, o principal objetivo do programa A União Faz A Vida é promover os valores de cooperação e cidadania por meio de práticas de educação cooperativa.
A execução em cada educandário difere, mas as etapas seguidas são as mesmas, começando pela formação dos professores e introdução da metodologia. “Através da reflexão sobre situações concretas, a lógica utilizada pelo programa transforma o aluno em protagonista do aprendizado, trazendo sua vivência social para dentro da escola”, explica a professora Elisabete Penz Beuren. A partir da observação, experimentação e descoberta das realidades locais, os próprios estudantes escolhem o tema e determinam o projeto a ser aplicado na sua comunidade. Segundo a professora, trata-se de associar um momento vivencial a uma pergunta exploratória. As disciplinas curriculares, como Português, História e Matemática, se unem ao conhecimento de profissionais e à vivência dos jovens aprendizes para a solução dos problemas apontados. O resultado final é a construção colaborativa de novas posturas e atitudes que, incorporadas ao cotidiano de todos, transformam as ações coletivas e favorecem uma visão de mundo mais otimista e solidária.
Elisabete destaca que a metodologia de aprendizagem incentiva o espírito colaborativo, já que não é professor que traz tudo pronto. “São atividades feitas a partir das curiosidades dos alunos e por isso temos um trabalho muito envolvente”. A percepção é a mesma para quem vive o dia a dia na escola. “É fascinante ver o interesse deles, a curiosidade partindo do que eles querem saber e conhecer”, observa a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Pretto, de Travesseiro, Sandra Weber Bruxel. Para a vice-diretora, Gisele Vendramin, o maior ganho é o despertar do lado pesquisador da criança. “Isso hoje em dia é tão importante, buscar o seu conhecimento, apesar de sabermos que ele está em todo o lugar”.
Em todas as escolas o trabalho de 2018 ainda está na fase inicial. Nos próximos meses cada instituição de ensino irá desenvolver na prática os temas escolhidos. Para novembro está previsto um encontro coletivo dos envolvidos para compartilhamento do aprendizado.
Texto: Ascom Sicredi VT