As lâmpadas fluorescentes e pilhas são itens comuns da nossa rotina diária, mas quando descartados de forma irresponsável causam grandes prejuízos ambientais. Na manhã desta terça-feira (08), uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente e Saneamento Básico de Estrela, por meio da Sala Verde Manoel Ribeiro Pontes Filho, visitou alguns estabelecimentos que vendem esse tipo de produto para saber se estão recolhendo o material e fazendo o descarte correto.
Em 2017, 57 estabelecimentos do município assinaram Termo de Compromisso Ambiental para a implantação local da política de logística reversa em relação ao comércio desse tipo de produto, conforme previsto na Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Pelo acordo, lojas e supermercados que comercializam pilhas e lâmpadas devem recolher esse material após utilização e encaminhar aos responsáveis pela destinação, ou seja, devolvê-lo aos seus fabricantes ou a empresas autorizadas a fazerem a reciclagem.
Segundo a coordenadora da Sala Verde, bióloga Regiane Mallmann, alguns comerciantes estão descumprindo o acordo. Por isso, a secretaria começou a fazer visitas técnicas de acompanhamento, esclarecimento e orientação a todos os estabelecimentos comerciais que assinaram o Termo de Compromisso de Logística Reversa Ambiental. “Não temos poder de fiscalização. Num primeiro momento estamos averiguando o cumprimento do termo. Mas, caso seja necessário, iremos informar ao Ministério Público, que é parceiro nesta iniciativa, para que sejam tomadas as providências legais”, explica.
O primeiro estabelecimento visitado foi a Morasul Comércio de Eletro Eletrônico, no Centro da cidade. A equipe foi recebida pelo proprietário Miguel Sulzbach, que garantiu que as lâmpadas trazidas pelos clientes são recolhidas por uma empresa especializada, do Paraná. “O material que chega aqui é pouco. A maioria das pessoas prefere quebrar a lâmpada, enrolar num jornal e colocar no lixo”, lamentou o comerciante.
Na Redemac Morelli o funcionário Frederico Lagemann apresentou nota fiscal comprovando a destinação. As lâmpadas trazidas pelos clientes são encaminhadas a uma empresa credenciada, de Caxias do Sul. Segundo ele, a loja já estava em conformidade às normas ambientais mesmo antes da assinatura do termo.
Regiane Malmann avalia as visitas como positivas. De acordo com ela, algumas empresas já estão adiantadas no processo de reciclagem, enquanto outras ainda estão se adequando. “Vamos continuar visitando, mas o importante, neste momento, é a colaboração da população. Pedimos que as pessoas entreguem as pilhas e lâmpadas nos locais onde compraram para que sejam descartadas de maneira adequada e, posteriormente, encaminhadas para reciclagem”, ressalta. O maior problema das pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes comuns é a quantidade de metais pesados em sua composição, como chumbo, cádmio e mercúrio, além de manganês, cobre, níquel, cromo e zinco. “Por serem bioacumulativos, esses materiais, quando depositados em lixões e aterros sanitários, podem vazar e contaminar o lençol freático, o solo, os rios e os alimentos e, desta forma, gerar danos às pessoas e aos animais”, esclarece Regiane.
Texto: Ascom Estrela