O Conselho Regional de Contabilidade do RS (CRCRS), também atento às ações sociais e comunitárias das delegacias regionais que compõem sua base, visitou na quarta-feira (18) o Presídio Feminino de Lajeado. A iniciativa foi da vice-presidente de gestão, contadora Ana Tércia Lopes Rodrigues, que esteve acompanhada da profissional contábil de Estrela, Elaine Gorgen Strehl, e do delegado e membro do Comissão de Estudos do Terceiro Setor do CRCRS, Dani Petry. No local eles foram recepcionados pelo diretor do Fórum da Comarca de Lajeado, Luís Antônio de Abreu Johnson, e agentes da casa prisional, que guiaram o grupo para conhecer a estrutura construída pela comunidade local e com o dinheiro das penas alternativas das comarcas de Lajeado, Teutônia e Estrela, sem recursos públicos dos governos estadual e federal. O Sincovat, que é o sindicato que representa os profissionais da contabilidade no Vale do Taquari, foi uma das entidades que deu sua contribuição.
Os convidados percorreram espaços como a cozinha, sala de aula climatizada e com biblioteca e as celas que acomodam atualmente 20 detentas. Exemplo para o Estado, Johnson destacou o esforço voluntário de pessoas e empresas em prol da obra, a qual foi erguida com R$ 980 mil e inaugurada no final do ano passado. “Isso aqui é resultado de uma grande união de forças e uma referência para a população, que mesmo sem conhecê-la pessoalmente se orgulha de ter ajudado a torná-la realidade”, destacou. O juiz Johnson também aproveitou para comentar a importância da participação do Sincovat e de seus associados na busca e aplicação de recursos para a edificação do presídio.
Ao final do roteiro, Ana Tércia revelou estar impressionada com a penitenciária. Ela observou o poder da mobilização e o baixo custo da obra comparado a um projeto feito com recursos públicos. Ainda acrescentou a relevância da estrutura nestes moldes. “Não podemos pensar o quanto se coloca de dinheiro para pessoas que transgredem a lei. Temos que fazer o raciocínio inverso, porque um trabalho assim como esse de Lajeado dá condição de a sociedade reabsorver essas pessoas”. Para ela, o Presídio Feminino de Lajeado serve de estímulo. “Se pudesse resumir meu sentimento em uma palavra, diria esperança. É um exemplo que pretendo levar ao conhecimento de mais pessoas, pois precisamos do senso de humanidade para melhorar o mundo”.
Texto: Ascom CDL Lajeado