

Os países pobres perderão 10% de seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita até 2100 por conta das mudanças climáticas, e serão incapazes de enfrentar os efeitos econômicos do aquecimento global, sem um esforço das maiores economias mundiais. A afirmação foi feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira, 27 de setembro, com base no relatório Perspectivas Econômicas Globais.
Em um dos capítulos do relatório, o FMI destaca que ”se não houver esforços globais para frear as emissões de carbono, o previsto aumento na temperatura suprimirá cerca de uma décima parte do PIB per capita dos países de baixos investimentos para finais do século XXI”. As projeções são baseadas em cenários conservadores de aumento de 1 grau centígrado na temperatura, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde.
Cerca de 60% da população mundial vive em países onde o aquecimento global provavelmente produzirá estes efeitos perniciosos, segundo indica o documento. O documento enfatiza que “dado que as economias avançadas e emergentes são as que contribuíram em grande medida ao aquecimento global e devem continuar nesse caminho, ajudar os países de baixos investimentos a encarar suas consequências é um imperativo humanitário e uma sensata política econômica global”.
O FMI apresentará o seu relatório completo, com as novas projeções de crescimento global, no marco de sua Assembleia Anual que será realizada em Washington, entre 10 e 15 de outubro, e à qual estão presentes os ministros de Economia de 189 países-membros.
Texto: Ascom CNM com informações da Agência EFE