

Farmacêuticas Aline Magerl e Andréa Hollmann (Foto: Divulgação)
A farmácia clínica e os serviços farmacêuticos são uma tendência desde 2014 com a Lei 13.021, que define as farmácias como estabelecimentos prestadores de serviços, destinados a oferecer assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação em saúde. O conceito de consultório farmacêutico foi definido em duas portarias do Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicadas em 2013 e a existência desse espaço é também apoiada pela Lei 13.021, de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício das atividades ligadas ao setor. Com essa nova visão, foram implantados projetos que visam o melhor atendimento ao paciente e a prestação de serviços farmacêuticos.
Esses projetos incluem espaços exclusivos chamados consultório e sala de serviços farmacêuticos destinados ao atendimento personalizado do paciente onde o profissional tem condições de avaliar os medicamentos que ele está tomando quanto a possíveis interações medicamentosas, oferecer orientações, ouvir sobre sua evolução clínica, fazer contato com o médico ou outros profissionais da saúde que acompanham o caso para discutir o tratamento.
Segundo a farmacêutica Aline Magerl, é a tendência é que cada vez mais farmacêuticos se especializem na área clínica para atender à demanda de pacientes que necessitam deste serviço. “A sala, juntamente com protocolos e procedimentos padrões, garantem um atendimento que preserva a individualidade do paciente, dando uma atenção exclusiva e dedicada, o que não seria possível no balcão da farmácia onde transitam muitas pessoas”, explica.
Para a farmacêutica Andréa Hollmann, hoje, os empreendimentos do setor são muito mais do que revendedores de medicamentos ou itens de higiene e beleza. Ela considera que esses procedimentos desafogam os hospitais e postos de saúde e proporcionam maior agilidade e acessibilidade a serviços básicos como verificação de pressão arterial e aplicação de medicamentos injetáveis.


Entre os serviços que podem ser prestados na farmácia estão:
• Orientação do paciente sobre como usar medicamentos prescritos;
• Avaliação do conjunto de medicamentos usados pelo paciente quanto à dosagem, horário de consumo e possíveis interações;
• Comunicação com outros profissionais da saúde que atendam o paciente para emitir parecer farmacêutico e discutir tratamentos de forma integrada;
• Encaminhamento de paciente a profissionais de saúde;
• Conversa com paciente sobre sintomas e evolução da doença;
• Caso necessário, pedido de exames laboratoriais e realização de medidas como as de pressão arterial e temperatura;
• Verificação de parâmetros fisiológicos como por exemplo glicemia;
• Administração de medicamentos, inclusive aplicação de injetáveis;
Aline ressalta que procedimentos como receita de medicamentos que exigem prescrição médica e possíveis alterações são realizados exclusivamente por médicos. “É importante lembrar que o farmacêutico clínico não veio para tomar o lugar do médico, em hipótese alguma, e que a consulta farmacêutica não tem intenção de dar diagnóstico. Ela serve como acompanhamento a um diagnóstico prévio dado por um médico. O papel do farmacêutico é intermediar a relação entre pacientes e médicos como uma espécie de elo. A intenção é formar uma equipe multidisciplinar para agregar qualidade de vida ao paciente”, esclarece.
Texto: Vitória Stürmer Bortoletti – Grupo Encantado de Comunicação