Agilidade e eficácia são as características do Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxicos (Siga) lançado na terça-feira (27), no Palácio Piratini, pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). A partir de agora, o sistema eletrônico agrupará em uma única ferramenta todas as informações sobre a comercialização de defensivos agrícolas, permitindo que o Estado reforce o controle sobre o uso de pesticidas nas lavouras e utilize estatísticas para criar políticas de proteção à saúde e ao meio ambiente.
O governador José Ivo Sartori destacou o avanço da gestão da informação no setor agrícola do Rio Grande do Sul. “O Siga é mais um exemplo de modernização das nossas práticas, que traz maior eficácia e agilidade aos serviços públicos. É uma ferramenta que reúne em si o cuidado com o manejo correto desses produtos e a possibilidade de avaliação e controle constante, inibindo regularidades”, afirmou.
Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, o sistema disponibiliza dados fidedignos às autoridades para rastrear ilegalidades. “O sistema possibilita que o Rio Grande do Sul dê um passo de extrema importância para o futuro agrícola gaúcho”, explicou.
O cruzamento de informações também permitirá investigar o uso de químicos aprovados para determinada cultura em outra. “Por meio do Siga, a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) vai regular o uso de agrotóxicos de forma inteligente, através de informações concretas e de fácil acesso”, acrescentou a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini.
“Promovemos encontros em diversas regiões para conscientizar produtores e comerciantes a utilizarem o sistema. Com toda certeza, a iniciativa vem para somar no crescimento do setor”, disse o coordenador-adjunto do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea-RS), Luiz Pedro Trevisan.
No sistema, profissionais do setor também poderão consultar históricos de emissão, pesquisar receitas por culturas e pragas e emitir prescrições de receitas agronômicas no receituário eletrônico. A iniciativa garante maior segurança na recomendação, já que o sistema integra o banco de dados da Fepam, permitindo que os técnicos indiquem apenas produtos químicos autorizados pelo Estado.
Ainda faz parte do Siga uma ferramenta de controle aos estoques comerciais por meio digital, inserindo entradas e saídas que serão contabilizadas automaticamente pelo sistema. Além disso, possui banco de dados alimentado pela indústria com informações das bulas e rótulos dos produtos. O catálogo é livre para consulta e pode ser acessado no portal da Seapi.
Agilidade e precisão
Atualmente, o RS conta com cerca de 1,5 mil empresas registradas como comércios de agrotóxicos que, no passado, enviavam as movimentações de compra e venda de forma física. O método gerava de documentos, dificultando a análise. Agora, as empresas enviarão de forma eletrônica informações referentes à venda dos defensivos agrícolas. As companhias terão 90 dias para adequação ao sistema.
O Estado será um dos pioneiros no Brasil ao disponibilizar dados concretos sobre o assunto. O Paraná foi o primeiro a implantar o Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos (Siagro) em 2010.
Texto: Ascom RS