A Secretaria Municipal da Saúde (SESA), através do Serviço de Assistência Especializada (Sae), realizou na quinta-feira (22) uma capacitação para os profissionais da rede de saúde na área da sífilis. O evento teve o objetivo de esclarecer dados de prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção.
No treinamento, destacou-se a importância do diagnóstico precoce da sífilis. Realizado em todas as Unidades de Saúde do município desde 2014, o teste rápido pode indicar a presença da doença e possibilitar que seja realizado tratamento e acompanhamento do paciente, a fim de evitar que a sífilis se desenvolva, que a pessoa adoeça e que a doença seja disseminada.
O secretário da SESA, Tovar Grandi Musskopf, salientou a importância de seguir um planejamento na identificação e controle da sífilis. “A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível. O primeiro passo é orientar sobre a importância da prevenção através do uso de preservativos nas relações sexuais. Também precisamos indicar para que a população daça o teste rápido nas Unidades de Saúde dos seus bairros. O resultado sai em 15 minutos. Além do diagnóstico da infecção, é necessário realizar o tratamento. E precisamos também tratar os parceiros”,disse Musskopf.
Em 2016, foram realizados 2.300 testes rápidos no SAE e 3.700 nas Unidades de Saúde. Foram diagnosticados 221 casos de sífilis e outros 132 de HIV. Para a Coordenadora da Atenção Básica, Nilse Gemelli Lavall, o teste rápido surgiu como uma importante ferramenta na identificação da sífilis. “A infecção sempre esteve presente na sociedade, mas não era diagnosticada e se desenvolvia silenciosamente. Com a possibilidade de realizar o teste rápido em todas as UBS, conseguimos melhorar o trabalho dos nossos profissionais de saúde no diagnóstico da infecção”, disse Nilse.
No evento, a coordenadora do SAE, Valdirene Bedinoto, também destacou a importância de realizar o acompanhamento e diagnóstico da infecção nos parceiros. “Por ser considerada uma doença silenciosa, muitas vezes as pessoas pensam que não são vulneráveis contra doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS e sífilis, mas não é isso o que acontece. Portanto, nos preocupamos em realizar o acompanhamento de toda a população, assim como seus parceiros. As gestantes também recebem acompanhamento a fim de evitar a transmissão da sífilis para o feto”, ressaltou Valdirene.
Texto: Ascom Lajeado