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Falamos recentemente dos sistemas administrativos desenvolvidos pelas empresas ao redor do mundo. Estes sistemas são estudados por experts inseridos em contextos produtivos e visam obtenção de maior lucro possível no meio industrial. Os melhores sistemas descobertos acabam atingindo escala mundial e são aplicados em empresa ao redor do mundo visando aumentar o seu capital. Conforme último texto, a grande maioria das empresas opera por uma lógica Toyotista. Mas onde reside a importância de entendermos, ou apenas de estarmos cientes disto tudo?
Vamos tomar por exemplo a situação política no Brasil. Ouvimos, vemos e lemos diariamente uma quantidade enorme de informações a respeito de como os políticos têm feito a governança, realizando inúmeros atos ilegais sem que as pessoas saibam. O dinheiro que sustenta as políticas públicas e o andamento de muitas decisões de investimento são de impostos que saem do nosso bolso. É como se comparássemos o país a uma grande empresa, onde trabalhamos para que possamos todos juntos atingirmos as metas com a gerência, gerência essa representada pelos poderes Estatais.
Os acontecimentos recentes demonstram uma falta de envolvimento dos cidadãos no que acontece com a máquina pública, da forma como o poder público opera. Muitas pessoas dizem não gostar de política, mas ao serem passivas estão fazendo um movimento inverso. Michel Foucault, um filósofo do século XX, fala da importância da ação que tomamos de não passividade. O exercício da política e da governança é desenvolvido por uma relação de poder que pressupõe a imposição da vontade de um sobre o outro. Aqueles que não se manifestam e não apresentam sua opinião contribuem para que o poder continue sendo imposto e deixando sua liberdade para ter seus atos determinados por outros. Uma vez que o poder imposto irá abranger a sociedade, cultura e a condução social irá determinar a forma como devemos nos portar em nossa vida, onde o não envolvimento declara uma falta de cuidado do si mesmo.
Entender o contexto torna-se essencial para seu próprio bem estar. O nosso entendimento de si é construído pelo que nos rodeia e, ao não entendermos as forças que atuam nesse entorno, adquirimos uma visão incerta de quem realmente somos. Conhecer nossos locais de vivência e nossa cultura, ajuda-nos a nos conhecermos melhor e possibilita que nossas decisões sejam tomadas pelo que realmente é importante para nós e não pelo que esperam como responda diante de determinada situação. É desta forma que entender o local que trabalho, assim como a política do meu país/estado/município faz com que consiga estar em maior alinhamento com quem eu sou, ajudando a ser mais pleno e feliz.
Carol Sofia é Psicóloga e Especialista em Gestão e Docência de Ensino Superior.