Os apenados do regime semiaberto da Colônia Penal Agrícola, em Charqueadas, estão cultivando mais de 2,5 mil mudas de morango orgânico em projeto de inclusão social. Iniciada em outubro de 2016, a atividade estimula a solidariedade entre os internos, gera qualificação profissional para a vida fora da prisão e concede remição de pena (três dias trabalhados diminui um).
O projeto é uma parceria entre Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Envolve 15 presos e deve ser ampliado nos próximos meses para incluir novos voluntários.
Conforme o diretor da unidade, Gustavo Schwarz, garantir o trabalho prisional é essencial para a correção do interno. “Queremos priorizar o desenvolvimento de mudas para nos tornarmos autossustentáveis na produção e cultivo, além de gerar o trabalho, essencial no sistema carcerário”, afirmou.
Mais saudável
O plantio orgânico é mais saudável do que o convencional por não utilizar agrotóxicos, conservando as propriedades naturais da fruta. O resultado é um morango mais avermelhado, suculento e com polpa mais firme.
Morangueira
O morango é uma cultura com bom desenvolvimento em locais de clima subtropical e temperado. Por conta da rentabilidade, a morangueira é plantada especialmente por pequenos agricultores. A produção é grande no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, mas também se desenvolve em solos e climas diferentes como Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal e Paraná. Bastante utilizado na Europa, o sistema semi-hidropônico (plantio em substrato) facilita a utilização do espaço em pequenas propriedades.
Texto: Ascom RS