Depois de quatro meses de trabalho, está tecnicamente encerrada a semeadura do arroz no Rio Grande do Sul, de acordo com o relatório de acompanhamento da safra elaborado pela Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Apesar das fortes chuvas ocorridas durante o período de cultivo, chegando a 400 milímetros na Região Central, o estado conseguiu semear a área projetada e ainda apresentou um pequeno acréscimo, atingindo 100,7% da estimativa inicial.
A Fronteira Oeste foi uma das regiões que superaram a expectativa, semeou 100,10%. A Campanha chegou a 102,37%; a Região Central quase atingiu a meta, alcançando os 99,6%. Já a Planície Costeira Interna semeou 100,12% da intenção inicial e a Planície Costeira Externa, 100,69%. Quem conseguiu ir mais longe foi a zona sul do estado, que semeou 101,6% do projetado, a pequena elevação representa 916 hectares a mais de cultivo naquela região. Com tudo isso, o Rio Grande do Sul concluiu os trabalhos com 1.099.098 hectares cultivados – a projeção inicial era de 1.091.401.
“Esta área indica um ligeiro incremento em relação ao ano passado, quando as condições climáticas limitaram a expansão da cultura, porém, observa-se um decréscimo quando comparamos com as duas safras anteriores. Hoje, eu diria que temos uma lavoura dentro dos padrões históricos, muito próxima da média de área plantada observada nos últimos dez anos”, esclarece o diretor comercial do Irga, Tiago Barata.
Grande parte das lavouras encontra-se em fase reprodutiva (florescimento), 46,6%. O restante, está em fase vegetativa. Neste momento, a preocupação dos produtores é com o manejo, adubação de cobertura com uréia e cloreto de potássio, controle fitossanitário e manejo de irrigação. A estimativa é de que a safra gaúcha de arroz fique entre 8,3 e 8,4 milhões de toneladas (base casca), um volume muito próximo da média das cinco safras anteriores.
Texto: Ascom RS