Ainda considerado um país de população jovem, esse cenário deverá ser transformado em algumas décadas. Até o ano de 2100, um período inferior a 90 anos, a proporção de pessoas com mais de 60 anos de idade deve aumentar de 11,7% para 38,8% no Brasil. A média é maior do que a prevista para a América Latina, que deverá ter um aumento de 11,2% para 37,4%.
Essa marca supera as previsões para o continente europeu, que possui uma média atual de 35% nessa faixa etária. As projeções são da Organização das Nações Unidas (ONU). Os dados mostram, ainda, que, até o ano de 2060, o Brasil já alcançaria a marca de 33%. Isso porque o período que deve registrar o maior aumento está entre as décadas de 20 e 60/70. Após esse período, o envelhecimento da população no País passaria a ter um ritmo mais brando.
As projeções apontam que a velocidade dessa transição na América Latina é o dobro da que foi observada na Europa, o continente com a maior proporção de idosos no mundo. Só nos próximos 25 anos, deverá haver nos países latino-americanos um avanço de 11% para 20% da população acima de 60 anos.
Políticas públicas
Na medida em que é alterada a estrutura da pirâmide populacional no Brasil, que passa de uma base mais alargada – de países com populações jovens – para uma típica de países em processo de envelhecimento, o País precisará buscar também transformações em políticas públicas que envolvem questões na área de saúde, educação, mobilidade urbana e previdência social. É o que aponta O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
No Brasil, tínhamos 5,4 pessoas com mais de 65 anos para cada cem pessoas em idade ativa no ano de 1950. Atualmente, essa taxa passou para 11,36. Com base nas projeções na ONU, em 2100, essa razão seria de 61,9 para cada cem pessoas na ativa.
Texto: Agência CNM, com informações do Valor Econômico e O Globo