Em algum momento da vida já deve ter se deparado com a expressão: as palavras comovem, mas os exemplos arrastam. O filósofo e pensador chinês Confúcio, no ano de 551 a.C foi o primeiro a falar sobre a grande importância dos exemplos. Se perguntar a alguém, ou a você mesmo, quem admira e porque, certamente a resposta será tal pessoa, pois ela é ou faz determinadas coisas. Jamais alguém irá lhe dizer admiro fulano, pois ele me disse algo exemplar. E esta é a forma como nos desenvolvemos como pessoas.
Quando crianças, observamos os adultos ao nosso redor e mesmo bebês buscamos imitar suas atitudes. Movemos a boca na mímica da fala, buscamos reproduzir gestos, movimentos, replicamos os comportamentos dos demais. Nos nossos primeiros anos e nos seguintes, aprendemos modos de nos comportarmos de acordo com o que as pessoas mostram para nós, nos dão como exemplo e como se comportam conosco.
A primeira réplica mais facilmente percebida no ambiente infantil se dá com o inicio da fala ou sons, na maioria das vezes a primeira palavra é “mã” ou “pa”, pelo próprio incentivo dos pais. Da mesma forma, muitas crianças que convivem em ambientes amorosos, são amorosas com os demais, assim como filhos de lares agressivos brigam com os outros. Não apenas estes comportamentos, mas a forma como lidamos com nossos descendentes molda o modo como lidam com o mundo.
Mesmo quando adultos, continuamos nos influenciando pelas atitudes dos demais. Assim como, quando alguém toma a frente e inicia determinada atividade, mais se juntam e criam coragem de fazer. Podemos analisar ainda o cenário político atual do país. Pessoas almejam chegar ao poder, quando chegam alguns até tentam ser honestos, porém há tantas pessoas corrompidas pelo sistema que é difícil haver algum que não se deixe influenciar pelas atitudes dos demais que estão ao seu redor.
Os comportamentos aprendidos moldam nosso tipo de personalidade e nos ensinam a forma de lidarmos com o mundo diferente do eu. Nas medida em que convivemos com pessoas que nos demonstram comportamentos positivos, passamos a desenvolver atitudes mais positivas. De que adianta alguém que lhe promete o mundo ou lhe fala em flores, se quando for lidar com os demais, ou com você, apenas atira pedras ou mostra espinhos? Uma boa forma de conhecer alguém verdadeiramente é observar a forma que se comporta, ou a forma que reage a situações inesperadas, assim realmente terá uma leitura legítima da pessoa em questão.
Carol Sofia é Psicóloga e Especialista em Gestão e Docência de Ensino Superior.