A CPFL Energia, maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, concluiu na segunda-feira (31) a compra da distribuidora gaúcha AES Sul do grupo americano The AES Corp. Com isso, a CPFL Energia assumiu a operação da concessionária, que passa a se chamar RGE Sul.
“A compra da AES Sul mostra a disposição da CPFL Energia em liderar o movimento de consolidação do setor elétrico, com foco na excelência operacional, na disciplina de capital, na gestão eficiente de custos e na criação de valor para os stakeholders. Temos uma plataforma corporativa integrada que está preparada para trilhar uma trajetória de crescimento no setor, possibilitando que o Grupo aproveite as novas oportunidades de expansão”, afirma o presidente da CPFL Energia, Andre Dorf.
Pelos termos da operação, a CPFL Energia irá pagar R$ 1,7 bilhão à The AES Corp. pela compra da AES Sul e assumirá R$ 1,1 bilhão em dívidas da concessionária, de modo que o valor final do negócio é de R$ 2,8 bilhões. O Grupo CPFL já negociou com instituições financeiras a captação de recursos para financiar a aquisição, que serão complementados com o dinheiro em caixa da companhia. A aquisição não irá implicar em quebra dos limites de alavancagem financeira do Grupo.
A compra da AES Sul consolida a posição de liderança da CPFL Energia no mercado de distribuição nacional. A concessionária gaúcha atende 1,3 milhão de clientes em 118 municípios, registrando, em 2015, volume de vendas de 9 mil GWh e R$ 3,02 bilhões em receita líquida. O market share é de 1,9% do mercado nacional. A AES Sul faz fronteira com a outra distribuidora do Grupo no Rio Grande do Sul, a RGE.
A partir de agora, a CPFL Energia terá 120 dias para substituir toda a identidade visual dos ativos da AES Sul para a nova marca RGE Sul. No curto prazo, essa será a única mudança percebida pelos clientes da concessionária, uma vez que todos os serviços prestados atualmente serão mantidos, tais como fatura por e-mail e débito em conta corrente. A operação também não implicará em mudanças nas tarifas de energia atualmente praticadas pelas AES Sul.
Nos próximos anos, a expectativa do Grupo CPFL é investir em torno de R$ 1 bilhão na modernização da rede elétrica da AES Sul, dando continuidade ao processo de melhoria dos indicadores operacionais da concessionária. “Dentro do seu plano estratégico de investimento, o Grupo CPFL sempre busca a adoção de novas tecnologias, de padrões de redes e de equipamentos para melhorar a qualidade do fornecimento de energia aos seus clientes”, explica o vice-presidente de Operações Reguladas da CPFL Energia, Luís Henrique Ferreira Pinto.
A médio e longo prazo, todos os processos e sistemas operacionais, comerciais e corporativos da AES Sul serão gradativamente migrados para os padrões do Grupo CPFL, adotados por suas oito distribuidoras. “Essa é uma das vantagens do Grupo ao possuir uma plataforma ‘plug-n-play’, que permite incorporar novos ativos de maneira acelerada. Isso possibilita a captura de sinergias na área de TI, serviços compartilhados, suprimentos, serviços operacionais e comerciais, entre outros”, diz Dorf.
A operação amplia a presença da CPFL Energia no Rio Grande do Sul e retrata a importância estratégica do Estado para o Grupo, onde já atua há mais de 10 anos, seja no segmento de distribuição, por meio da RGE, seja no segmento de geração, por meio da operação de hidrelétricas e usinas eólicas. Com a aquisição, a CPFL Energia passa a ser responsável por fornecer 65% da energia em todo o Estado, atendendo 2,7 milhões de clientes e estando presente em 373 cidades.
“Por estarmos no Rio Grande do Sul há mais de 10 anos, com gestores e colaboradores gaúchos, conhecemos, admiramos e respeitamos as características, a cultura e a realidade do povo gaúcho. Temos a convicção de que a aquisição da AES Sul é mais um capítulo na longa história de contribuição do Grupo para o desenvolvimento socioeconômico do Estado”, afirma o novo presidente da RGE Sul, José Carlos Saciloto Tadiello.
Novos números do Grupo CPFL
Com a incorporação da AES Sul à sua base de distribuição, o número de clientes e de municípios atendidos pelo Grupo CPFL passa de 7,8 milhões para 9,1 milhões e de 561 para 679, respectivamente. Já o volume de energia faturada, com base em dados de 2015, passa de 58 mil GWh para 67 mil GWh. Com isso, o market share do Grupo CPFL no segmento de distribuição passa de 12,4% para 14,3%.
Em termos financeiros, a operação também amplia a robustez e a capacidade de geração de caixa do Grupo. Se os resultados da AES Sul tivessem sido registrados no balanço da CPFL Energia em 2015, o faturamento líquido passaria de R$ 19,15 bilhões para R$ 22,1 bilhões, o Ebitda, de R$ 3,75 bilhões para R$ 4,0 bilhões, e o lucro líquido, de R$ 875 milhões para R$ 870 milhões.
Sobre a CPFL Energia
A CPFL Energia, há 103 anos no setor elétrico, atua nos segmentos de distribuição, geração, comercialização, serviços e telecomunicações. É líder no mercado de distribuição, com 14,3% de participação, totalizando mais de 9,1 milhões de clientes em 679 cidades em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.
Na comercialização, é um dos líderes no mercado livre, com uma participação de mercado de 14,1% na venda para consumidores finais entre as comercializadoras. É um dos líderes na comercialização de energia incentivada para clientes livres.
Na geração, é o segundo maior agente privado do país, com um portfólio baseado em fontes limpas e renováveis. A CPFL Geração conta com 2.248 MW de potência instalada, considerando sua participação equivalente em cada um dos ativos de geração. Em 2011 criou a CPFL Renováveis, com ativos como PCHs, parques eólicos, termelétricas a biomassa e a usina solar Tanquinho, pioneira no Estado de São Paulo, e uma das maiores do Brasil. Adicionando a participação equivalente na CPFL Renováveis, a capacidade instalada total do Grupo CPFL atingiu 3.144 MW no final do segundo trimestre de 2016. O Grupo também ocupa posição de destaque em arte e cultura, entre os maiores investidores brasileiros.
A CPFL Energia tem ações listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa e ADR Nível III na NYSE, além participar do Índice Dow Jones Sustainability Index Emerging Markets e do Morgan Stanley Capital International Global Sustainability Index (MSCI). Pelo 11º. ano consecutivo, as ações da companhia integram a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa.
Texto: Ascom RGE Sul