O Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) inaugurou, nesta quinta-feira (5), a Escola de Artes do estabelecimento prisional. Na ocasião, apenados ligados ao setor de Atividades de Valoração Humana (AVH) receberam suas carteiras de artesão emitidas pela Fundação Gaúcha do Trabalhador e Desenvolvimento Social (FGTAS). Entre as criações estão esculturas em ferro e madeira, pintura de quadros, de móveis e serigrafia.
A diretora do Departamento de Tratamento Penal, Mara Minotto, representou a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Ela lembrou o esforço de todos para viabilizar o projeto, desejando que cada artesão aproveite a oportunidade de qualificação. “Quando saírem em liberdade, estarão aptos a desenvolver atividade rentável e talentosa”, afirmou.
Para o diretor do PCPA, Marcelo Gayer, o objetivo principal do espaço é criar um ambiente produtivo para incentivar o trabalho e o ensino durante o cumprimento de pena. “Espero que a Escola de Artes traga muitas contribuições a vocês, principalmente, após a liberdade”, desejou.
O evento teve a presença de representantes da FGTAS, Conselho da Comunidade de Porto Alegre, Vara de Execução de Penas e Medidas Aternativas (Vepma), técnicas penitenciárias do PCPA, oficiais, líderes religiosos, servidores da Brigada Militar, Susepe, alunos e docentes de instituições de ensino da capital.
Arte do bem
A Escola de Artes foi idealizada pelos próprios apenados e recebeu todo o apoio da direção do PCPA. Construído em local ocioso, o espaço ganhou vida com as obras criadas pelos novos artesãos. Os materiais utilizados são recicláveis, muito deles recolhidos após o forte vendaval que atingiu a capital no início do ano. Restos de madeira, ferro e plástico viram quadros, esculturas e até móveis.
Texto: Ascom Susepe