O material apreendido será analisado no Laboratório do Mapa em Porto Alegre. Só no Rio Grande do Sul, foram consumidas 3,7 mil toneladas de fertilizantes em 2015 e 521 empresas estão registradas e autorizadas a produzi-los no estado.
Segundo a investigação, mobilizada após denúncias à Ouvidoria da Assembleia Legislativa, os criminosos utilizavam o nome de algumas destas empresas para vender os produtos falsificados a preços mais acessíveis do que os de mercado. Eles misturavam outras substâncias aos fertilizantes comprados, de forma regular ou irregular, e os acondicionavam em sacos de marcas conhecidas – com quantidade inferior ou sem os nutrientes indicados nos rótulos.
Segundo o MP, os crimes lesaram milhares de produtores rurais, que eram enganados ao comprarem adubo. O nome da operação é uma referência à sigla NPK, presente nas embalagens e que representam os elementos mais importantes dos fertilizantes: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).
O Ministério da Agricultura alerta os produtores rurais para os cuidados na compra de insumos para o solo e plantas.
Confira algumas dicas:
– Comprar diretamente da empresa produtora ou de um representante comercial estabelecido, como agropecuárias e cooperativas;
– Evitar compras por telefone, internet ou de pessoas que visitem as propriedades rurais sem ter referências comprovadas de vendedor autorizado. Não confiar apenas em uniforme de identificação das empresas;
– Verificar qual a marca comercial do produto, a empresa produtora, as garantias do produto (fórmula NPK) e número do registo do produto junto ao Mapa;
– Sempre desconfiar de preços abaixo do mercado.
Texto: Ascom Expointer 2016