Vinte e três apenados do regime semiaberto do Instituto Penal de Gravataí (IPG) recolheram lixo e plantaram mudas de árvores como parte de um projeto educativo e de preservação ambiental às margens do Rio Gravataí. A ação, promovida na quinta-feira (25), é uma parceria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e da prefeitura do município, com apoio da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fama) e do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal.
Antes da atividade, os presos receberam palestra sobre paisagismo e a importância de manter limpo o entorno do rio. Foram plantadas pelo menos 30 árvores das espécies figueira, aroreira e pau-ferro.
Segundo o engenheiro e técnico agrícola da Fama Paulo Roberto Müller, algumas partes do Rio Gravataí estão muito degradadas, especialmente a de caça e pesca na saída do banhado. “A proposta é a de que não seja feita apenas limpeza, como uma atividade para conscientizar sobre a preservação do rio e da encosta. Todos devem saber dos malefícios que o lixo e as podas irregulares causam ao ambiente”, afirmou. Ele acrescentou que o rio “não é um ‘monstro do pântano’ que digere tudo o que se coloca lá”.
“Além de ser uma atividade de inclusão, permite que os presos contribuam positivamente ao meio ambiente. A ideia era antiga, agora vamos intensificar a parceria para realizá-la ao menos uma vez por mês”, informou a diretora do IPG, Janaína Guntzel, idealizadora do projeto.
A Secretaria da Segurança Pública de Gravataí disponibilizou um micro-ônibus para levar os apenados até o local. Os voluntários receberam autorização judicial da Vara das Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre. O IPG abriga cerca de 70 detentos.
Texto: Ascom Susepe