Os momentos de crise, pessoais ou coletivos, nos levam a mudanças. A crise indica transformação, pois já não é possível manter a costumeira rotina, uma vez que as coisas não estão saindo como se esperava. O momento instiga a tomada de iniciativa e a realização de algumas atividades de forma diferente para atingirmos novamente um estado de satisfação. Algumas pessoas ficam deprimidas e não conseguem reagir, outras descobrem-se e tornam possível que grandes planos e projetos que não tinham coragem para fazer antes, saiam da gaveta.
Se você conversar com pessoas que conhece, provavelmente irá perceber que a grande maioria delas pensa ou já pensou em gerenciar seu próprio negócio. O emprego ideal pode variar muito, mas a ideia de tomar frente de seu trabalho, para estas pessoas, torna-se um sonho, quando se acredita ser a saída para seus problemas. Junto a essa ideia se criam várias fantasias como a facilidade de horários flexíveis, mais dinheiro, mais tempo para família, poder dedicar-se mais ao lazer, ter vida social mais ativa, etc… Pessoas que optam por seguir como autônomos podem se satisfazer imensamente em suas carreiras, se encontrarem meios de viabilizar suas ideias e tiverem apoio de outros com quem contam para fazer o que desejam.
Há variáveis que porém podem interferir na escolha pela informalidade desde a tomada desta decisão. Nem sempre a ideia que se deseja fazer dá certo, as vezes o fato de ser o dono demanda mais tempo para se dedicar a atividade e menos liberdade e horas disponíveis, além de alguns clientes buscarem atendimento em horários diferenciados e da competitividade entre pessoas que optam pela mesma escolha profissional. Assim como em outras profissões, o autônomo também encontra dificuldades no que faz.
Mas nem tudo é tão difícil quanto parece. Poder buscar informações com quem já trabalha na área antes de experienciar aventurar-se no tereno das fantasias pode ser bem válido. Investigar possíveis mercados consumidores para seu produto ou para a atividade que irá desenvolver contribui também. É preciso conhecer seus clientes, avaliar o que você realmente sente amor em fazer(o que gostaria de trabalhar) e assim tornar realidade o desejado negócio próprio. Esperar pela crise chegar para anunciar mudanças ou o momento exato para se estar pronto para começar o negócio é uma forma de adiar a decisão de fazer, pode ser que este momento nunca se concretize. Se tomar a decisão de mudar para informalidade acredite em você mesmo, busque as informações necessárias, dedique um tempo para desenhar o que quer, não tenha medo de pedir ajuda e comece, pois o primeiro passo é sempre o seu.
Boa semana!!
Carol Sofia é Psicóloga e Especialista em Gestão e Docência de Ensino Superior.