Só este ano, o Registro Nacional de Infrações (Renainf) – ligado ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) – registrou 2.179 casos de rachas de veículos. Isso representa 363 autuações por mês, e aponta crescimento nesse tipo de prática. Em 2014 e 2015 ocorreram 282 e 327 casos por mês, respectivamente.
Os dados foram obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, por meio da Lei de Acesso à Informação e em pesquisas em boletins de ocorrência de São Paulo, mas podem estar subnotificados, já que não foram consideradas todas as autuações por alta velocidade. Para o levantamento, só foram somados os dados de duas violações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB): utilizar veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa mediante arrancada brusca ou derrapagem com deslizamento de pneus e disputar corrida.
De acordo com a legislação vigente, a pratica é ilegal e deve ser punida com até 10 anos de prisão, apreensão do veículo, multa e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ainda assim, os praticantes do racha têm usado as redes sociais para divulgar os eventos e mostrar vídeos das competições. Pelo que mostra a reportagem do Estadão, os rachas não se restringem à alta classe de veículos, mas o perfil predominante dos participantes é de homens, de 17 a 35 anos.
Texto: Agência CNM, com informações O Estado de S. Paulo