Citam também que maiores distâncias – a intenção do governo é centralizar o órgão em Santa Cruz do Sul – exigirão número maior de diárias, mais gastos com combustível, manutenção de veículos, motoristas e pedágios, tanto para o Estado quanto para os municípios, dificultando ações que poderiam ser realizadas somente em um turno. Citam, ainda, que haverá perda na agilidade da distribuição e remanejamento de insumos e medicamentos que, em muitos casos, são distribuídos de forma individualizada, a partir de demandas não previstas. “O distanciamento geográfico e a ausência de momentos de encontros resultarão na dificuldade em reconhecer e trabalhar sobre as reais demandas dos municípios, podendo enfraquecer o apoio para a implementação dos programas norteadores do Ministério e da Secretaria Estadual da Saúde.”
No entendimento dos profissionais da área, a vigilância da qualidade dos serviços de saúde e estabelecimentos, bem como o acompanhamento de endemias, epidemias e controle de riscos à saúde serão onerados pela distância, comprometendo o monitoramento e avaliação sistemáticos. Nestas situações a CRS é quem coordena, monitora e capacita as equipes. Segundo eles, a distância entre os servidores da regional e as equipes municipais dificultará a promoção de encontros entre os municípios, a troca de experiências e o suporte técnico. Eles alertam, por fim, que os prestadores de serviço correm o risco de ser preteridos na distribuição de incentivos e referências, tendo a sede em outra região, e a saída do Laboratório Regional da região comprometerá e dificultará a realização de análises de água, exames laboratoriais (que terão que ser transportados para outra região) e a identificação de larvas do Aedes Aegypti e albopictus.
Texto: Ascom Amvat