Em uma semana de treinamento, a produção de acabamento de sapatos feitas por 30 apenados do Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH) atingiu a marca de 7 mil pares. A fábrica, inaugurada oficialmente, nessa segunda-feira (8), está instalada na área aos fundos do Instituto. A expectativa é que eles produzam 10 mil pares de sapatos por mês.
A iniciativa é resultado de convênio com a empresa do setor calçadista Art Line, que reformou todo o antigo espaço para abrigar a fábrica. A Art Line oferece mão de obra para as indústrias de injetados e calçados fazendo acabamentos e pinturas em solados, forração de saltos e cepas, pré-fabricados, forração de palminhas e estampa em chinelos e tecidos.
Conforme o diretor da empresa Art Line, Lindemberg de Nóbrega, a ideia é expandir os negócios, oferecer serviços terceirizados para empresas que necessitem de trabalhos de acabamentos em calçados. “Quanto mais empresários tivermos neste projeto, mais poderemos contratar mão de obra prisional, estimular a inserção ao mercado de trabalho e assim viver numa sociedade com mais inclusão social”, disse Nóbrega. A superintendente da Susepe, Ane Stock, disse que é necessário atrair empresas parceiras para contratar mão de obra prisional.
Cadeia de inclusão
São diversos maquinários que já dão forma ao negócio, desde esteiras, grandes máquinas de costuras, dentre outras. Os apenados atuam na pintura, aplicação de transfer, costura e acabamentos que necessitam para formar o sapato ou chinelo. Há projeção de expandir as atividades para outros estabelecimentos prisionais. Além de garantir renda aos apenados, eles ainda têm direito a remição de pena (para cada três dias de trabalho, diminui um da pena), informou o diretor do IPNH, Cesar Corrales, que planeja fechar mais convênios com empresários do município e região para acolher mão de obra prisional.
Texto: Ascom Susepe