
A prefeitura de Lajeado, através da Secretaria da Fazenda (Sefa) e da Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), estuda a possibilidade de reativação do prédio antigo dos Correios. A estrutura que data de 1949, e que fica na esquina as ruas Júlio de Castilhos e Silva Jardim está fechada há mais de cinco anos. “Esse prédio é histórico, e pode até ruir. Temos que criar um projeto de lei com incentivo para a recuperação e manutenção deste patrimônio. Quem sabe o município compra ou faz uma permuta”, sugere o presidente do Comitê Gestor de Revitalização do Centro Histórico de Lajeado, Ìtalo Reali.
O secretário da Fazenda, José Carlos Bullé, explica que a princípio a prefeitura não tem interesse na compra do prédio avaliado pelos Correios em R$ 1 milhão. Bullé diz que a administração municipal poderia tentar a permuta por outro imóvel de interesse dos Correios. Tudo depende de uma proposta que agrade os dois lados. “O valor do prédio é muito alto, porém há uma possibilidade de redução do valor em até 30%. Ele precisa de reformas e para isto o investimento é muito alto. Para fazer qualquer coisa precisamos saber o real interesse público no local”, afirma o secretário.
Em caso de permuta, o presidente do Comitê sugere a utilização do local para a instalação de uma secretaria municipal que pague aluguel, um departamento da prefeitura ou até mesmo a Junta Militar. “Poderíamos preservar restaurando somente as paredes e a fachada do prédio para fins culturais e históricos, o restante passaria por reforma”, comenta Reali.
A prefeitura vai estudar as possibilidades, nada ainda foi definido. O secretário de Cultura e Turismo, David Orling, lembra que para investir na preservação da área é necessário que o município crie uma legislação específica. “Lajeado nunca teve uma legislação para a este fim. E ela precisa ser bem específica. Deve preservar o antigo, mas não pode deixar de abrir caminho para o moderno. Não pode interferir no crescimento da cidade. Nós temos muito interesse em revitalizar o que for possível no centro antigo”, afirma.
Texto: Ascom Lajeado