Além de proporcionar acesso a alimentos considerados saudáveis, iniciativa fomenta o cultivo de frutas e hortaliças
Desde abril deste ano, dezesseis produtores de Muçum são responsáveis por distribuir alimentos a Escola Souza Doca, a rede municipal de ensino e o Hospital Nossa Senhora Aparecida, além de 60 famílias de baixa renda – com estimativa de atendimento de aproximadamente 200 pessoas. As entregas que ocorrem a cada 15 dias só são possíveis depois da Administração Municipal se habilitar no início deste ano a receber recursos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, através do Ministério da Cidadania e apoio da Secretaria de Agricultura do Estado.
Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma ação que permite a aquisição de alimentos saudáveis por entidades públicas e filantrópicas e, ao mesmo tempo, fortalece a agricultura familiar. O programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos destes produtores ou agroindústrias e, desta forma, agrega valor à produção. O recurso federal recebido por Muçum, no valor de R$ 100 mil, possibilita que cada agricultor comercialize até R$ 6,5 mil em produtos, que vão desde verduras e legumes, como alface, repolho, beterraba e cenoura, até frutas cítricas, como laranja e bergamota.
De acordo com o secretário de Planejamento, Tiago Strieski, o principal propósito do programa está em aumentar a demanda e elevar a renda dos médios e pequenos produtores, que constituem a maioria no setor primário de Muçum. “Além de atendermos escolas, entidades e às famílias em situação de vulnerabilidade, conforme cadastro do programa Bolsa Família, o incentivo ao produtor rural é o grande destaque do programa. É uma forma de trabalhar o combate ao êxodo rural e promover a sucessão familiar, pela boa renda que os produtores passam a vislumbrar”, destaca.
Clima favorável
Strieski lembra que a agricultura de Muçum é beneficiada pelo microclima, que consiste em áreas cujas condições atmosféricas diferem de outras regiões, o que possibilita a colheita em períodos diferentes do convencional. Com um setor primário tão promissor, a ideia é que o programa se fortaleça, incluindo novos produtores. Para isso, existe a expectativa de que a adesão seja renovada para 2020. “Até pelo clima favorável, este é um tipo de produção que cresce exponencialmente. Então, juntamente com a Emater, o CRAS, as pastas de Agricultura, Educação e Ação Social, Cultura, Turismo e Desporto, estamos trabalhando para uma nova adesão”, confia o secretário.
Créditos: Luís Gustavo Bettinelli
Assessoria de Imprensa de Muçum