“O que limita o seu tamanho é a sua forma de pensar. Sempre é momento de mudar, criar novas coisas, se adaptar e se reinventar”, prega Volnei Garcia, professor e consultor da Fundação Dom Cabral (FDC). Esta e outras afirmações foram citadas por ele durante a reunião-almoço (RA) desta quinta-feira (25.08) da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). A exposição, intitulada “Construindo novos modelos de negócios: como as empresas podem superar momentos de turbulência” impressionou os cerca de 80 empresários e executivos que participaram do evento.
Crises
Atualmente, as empresas vivem momentos de turbulência gerados por duas crises. Um fruto do atual momento político e econômico brasileiro, que exige ajustes e cuidados especiais. A outra, mundial, é a competitividade, a crise de evolução da espécie, provocada pelas tecnologias e modelos de negócios disruptivos que desafiam as empresas. “O meu negócio não compete só com empresas que estão na minha geografia; tem gente no mundo inteiro tentando chegar aqui para fazer negócio no meu ambiente”, alerta o professor.
O palestrante abordou três grandes tendências para o futuro, A primeira, de tecnologias exponenciais, tendo como exemplos a inteligência artificial, robótica, impressão 3d, sensorialização e block chain, com tecnologias mais simples, baratas e convenientes. A segunda é o aumento da longevidade, com a criação de um novo ciclo de vida, onde se prevê aposentadorias aos 100 anos, adolescentes aos 40 e mulheres tornando-se mães depois dos 50 anos de idade, entre outros impactos. A terceira é da dispersão geográfica, que desafiará a administração de pontos espalhados de atuação dos negócios.
Evolução
Garcia explicou que o setor de recursos humanos (RH) vai mudar muito no futuro, pois envolve a gestão do principal capital da organização – o intelectual. Assim como a evolução do RH, a educação também vai mudar. De acordo com um dado internacional trazido pelo palestrante, 65% das crianças hoje, estão aprendendo na escola disciplinas relacionadas a profissões que não existirão mais no futuro. Novas profissões surgirão e serão esses os trabalhos dessas crianças quando forem para o mercado de trabalho.
O palestrante mostrou exemplos de empregos do futuro e quais as competências necessárias neste cenário. São eles: o lidar com gente, onde se encaixam o marketing, vendas, gestão geral, gestão de projetos e política; a capacidade de resolver problemas, que inclui estratégia, empreendedorismo, pesquisa e desenvolvimento, engenharia e gestão financeira; e, por último, a criatividade, manifestada nas artes, no esporte, marketing e comunicação. “Se você olha para esta lista e vê a sua profissão, você está no caminho certo. Se não está, preste atenção, isto é o futuro!”
Encerrando sua participação, Garcia apresentou as características dominantes que as empresas devem ter para se tornar longevas. A primeira é ter um processo de sucessão planejado; depois, ter um crescimento sustentável e, por último, buscar fazer antecipações do futuro na área de sua atuação.
“Temos que atualizar nossos conhecimentos para continuarmos a sermos úteis. A cada dia novas tecnologias estão surgindo. Vamos usar a nossa experiência para nos atualizar, nos reinventar e continuar a ter espaço no mercado de trabalho”, aconselhou o palestrante.
Realização
As reuniões-almoço de 2016 da Acil têm o apoio de Bebidas Fruki, BRDE, Excellence Garçons, Floricultura Flores e Flores, MSommer Produções, Olicenter Informática, Richter Gruppe, Sorvebom e Têxtil Home.
Texto: Ascom Acil