Qualidade de vida é uma questão muito abordada atualmente e vários são os conselhos dados para que possamos melhorá-la. Mas, qualidade de vida sempre envolve muitos aspectos como, saúde (preventiva e tratamentos), bem-estar pessoal e profissional.
Tendo a saúde um papel tão importante na melhoria/manutenção da qualidade de vida, fica evidente que também os medicamentos são elementos essenciais, e saber utilizá-los corretamente pode auxiliar muito no monitoramento da nossa saúde.
Sendo assim, um tema importante dentro da questão “Medicamentos e Qualidade de Vida” é o da automedicação.
A automedicação é bastante freqüente no cotidiano das pessoas. Por definição a automedicação ocorre quando o indivíduo reconhece seus sintomas e identifica sua própria doença e os trata. É considerado ainda automedicação, quando uma pessoa é medicada por outra que não seja formalmente habilitada (amigos, familiares). Este processo de automedicação pode ser bastante danoso à saúde de quem o pratica, já que de um modo geral o consumidor não tem experiência e conhecimentos necessários para distinguir distúrbios, avaliar sua gravidade e escolher o mais adequado entre os recursos terapêuticos disponíveis.
Os riscos do processo de automedicação são os seguintes: diagnosticar incorretamente seu distúrbio; escolher uma terapia inadequada; retardar o reconhecimento da doença (o medicamento utilizado pode mascarar a doença), com a possibilidade de agravar o distúrbio; administração incorreta do medicamento; uso de dosagem insuficiente ou excessiva; utilização do medicamento por período curto ou prolongado; risco de dependência; possibilidade de efeitos indesejados graves; incapacidade de reconhecer riscos farmacológicos especiais; desconhecimento de possíveis interações com outros medicamentos e possibilidade de reações alérgicas por falha na identificação dos nomes comerciais que contêm o componente capaz de desenvolver a reação alérgica.
Sendo assim, para evitar todos estes riscos e manter saúde/qualidade de vida, evite a automedicação! Procure sempre a orientação de profissionais da saúde e lembre-se que medicamentos são produtos importantes para a sua saúde, mas também são produtos de risco. Não banalize o seu uso.
Por: Gabriela Tonini
Farmacêutica e Doutoranda do PPG em Epidemiologia – UFRGS