Dezenove de novembro marca o Dia do Empreendedorismo Feminino. A data foi estabelecida em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de chamar a atenção do mundo para o impacto social e econômico do movimento e fortalecer o protagonismo feminino. Segundo dados do programa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil conta com mais de 24 milhões de empreendedoras, número que coloca o país no sétimo lugar entre 49 nações.
A Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E) apoia a iniciativa e está comprometida em desenvolver ações que estimulem as mulheres a empreenderem. A própria organização da entidade tem oportunizado espaços para que elas ocupem posições de liderança na diretoria executiva, no conselho deliberativo, na equipe administrativa e, também, na formação de grupos setoriais, como é o caso do Núcleo de Mulheres Empreendedoras SuperAção.
A presidente em exercício da entidade, Maria Cristina Castoldi, ressalta que as mulheres são capazes de obter resultados positivos à frente das empresas. “A capacidade de liderança, determinação para perseguir objetivos, alcançar metas, superar dificuldades, agregada a sua sensibilidade intuitiva, visão holística e criatividade, determinam a evolução e destaque da mulher no meio empreendedor”, comenta.
A empresária, que também é presidente do Conselho da Cristel Construções Elétricas, de Encantado, considera fundamental a participação da mulher no desenvolvimento socioeconômico, sobretudo, no cenário de pós-pandemia e na retomada da economia e da estabilidade social. “A potencialidade da mulher no empreendedorismo é relevante. Mais do que nunca, o momento exige um olhar diferenciado nas políticas públicas, incentivo financeiro e meio empresarial para gerar condições da mulher empreender na sua plenitude”, acrescenta Maria Cristina.
Batalhadora incansável
Primeira mulher a assumir a presidência da ACI-E, em 2014, a empresária Renata Casagrande Galiotto considera a mulher uma batalhadora incansável, que vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho de forma competente e inteligente. “É um caminho sem volta. Somos e sempre seremos excelência na arte de empreender”, afirma. Renata, que é diretora da Ciamed Distribuidora de Medicamentos, em Encantado, admite que os desafios e as dificuldades ainda são enormes, sentidos na pele diariamente. “Mas estamos avançando e continuaremos na luta por salários mais dignos, por maior aceitação da mulher em cargos estratégicos e por um maior reconhecimento. Estamos juntas nessa luta”, enfatiza.
Empreendedora na essência
Coordenadora do Núcleo de Mulheres Empreendedoras SuperAção da ACI-E, a advogada Darjela Calvi entende que a mulher, em sua essência, é empreendedora, pois ela desenvolve e pratica o empreendedorismo no dia a dia. Para a profissional, responsável pela administração do Escritório Darjela Calvi Advocacia, desde 2007, em Encantado, o empreendedorismo feminino não pode ser limitado apenas às empresárias. “Aquela mulher que trabalha fora e, nos finais de semana, faz doces ou salgados para vender aos vizinhos e amigos com o objetivo de aumentar a renda familiar é empreendedora. Aquela que faz crochê, tricô ou pintura e vende nas feiras de artesanato, também”, salienta. Darjela acrescenta que a presença da mulher no ambiente do empreendedorismo é vista como um instrumento de transformação social e, a partir dele, outras questões do universo feminino ganham visibilidade. “É uma forma de a mulher fazer a diferença, contribuindo para o bem-estar e o crescimento da família e da comunidade”, pondera.
Bem sucedidas nos negócios
Integrante do Conselho da Mulher Empreendedora do RS, departamento vinculado à Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), a empresária Gisele Lucas acentua a capacidade das mulheres de serem bem sucedidas em seus negócios. “Eu percebo que as mulheres empreendedoras, no decorrer de seu crescimento pessoal, profissional e financeiro, levam outras consigo. Para cada uma bem sucedida, existem várias beneficiadas, porque ela investe em educação, saúde, beleza, fazendo com que mais mulheres cresçam”, acredita Gisele, que é sócia do Brechó da Gi, fundado há quatro anos, em Encantado.
Você sabia?
O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma das iniciativas coordenadas pela ONU Mulheres, braço da entidade que tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. A fim de diminuir a desigualdade de gênero, a ONU Mulheres atua em seis áreas prioritárias:
- Liderança e participação política das mulheres
- Empoderamento econômico
- Fim da violência contra mulheres e meninas
- Paz e segurança e emergências humanitárias
- Governança e planejamento
- Normas globais e regionais.
Assessoria de Imprensa ACI-E