“De certa forma, é possível afirmar que algumas ações que estavam programadas para médio ou até longo prazo, tiveram que ser antecipadas”, destaca a extensionista Social da Emater/RS-Ascar de Barão, Márcia Bondan. Como exemplo, ela cita o trabalho realizado com o Organismo de Controle Social (OCS) Barão Orgânico, que envolve cinco famílias e tem 14 integrantes que comercializavam produtos orgânicos em feiras, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e diretamente ao consumidor. “A entrega por delivery era uma ideia que seria aplicada mais adiante, mas diante do cenário de mudanças, foi necessário antecipar”, analisa.
Nesse sentido, o apoio a grupos de agricultores para a comercialização de produtos online tem se apresentado como uma oportunidade. “É uma readequação que até melhora a logística em alguns casos”, enfatiza a extensionista Social da Emater/RS-Ascar de São José do Sul, Rogéria Flores, referindo-se ao caso de uma produtora que levava todos os produtos para a feira, que durava um dia inteiro sem garantia de venda, e agora recebe pedidos pelas redes sociais, para entregas pontuais. “É um tipo de organização que diminui as perdas e que, muito provavelmente, veio para ficar inclusive depois da pandemia”, completa Rogéria.
Além do apoio no abastecimento as orientações técnicas nas mais variadas áreas – de homeopatia, passando por diversificação das culturas e manejo das hortas, até chegar ao trabalho de Extensão Rural com grupos de mulheres e idosos -, tem se valido muito dos atendimentos online. “Com hora marcada e respeito às orientações dos órgãos de saúde, os atendimentos presenciais para projetos de crédito, encaminhamento de documentos e articulação entre entidades, tem acontecido de forma presencial, o que garante a manutenção de certo ‘senso de rotina’”, explica o gerente regional da Emater/RS-Ascar. Marcelo Brandoli.
Com cinco meses de pandemia o que se percebe é que, no fim das contas, o trabalho não parou. “Na realidade até aumentou, porque as redes sociais nos deixam conectados o tempo todo, com atendimento aos mais variados grupos, inclusive os de risco”, aponta a extensionista Social da Emater/RS-Ascar, Elizangela Teixeira. Desde 2016 há um amplo cronograma de atividades que o Grupo de Trabalho Social executa, com vistas a integrar áreas, fortalecer coletivos, propor mudanças, incluir minorias e gerar autonomia, entre outros. “E esse trabalho, que conta com muitos projetos, não parou em meio à pandemia”, finaliza Elizangela. A Emater/RS-Ascar atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado
Jornalista Tiago Bald