

Naquela via, está prevista a retirada total de 51 árvores pela RGE com a justificativa da necessidade de “manejo de vegetação, nativa e exótica, para a manutenção das faixas de segurança das redes de distribuição de energia elétrica visando a eliminação dos riscos elétricos, a integridade do sistema elétrico e a população”. Uma parte destas árvores já foi retirada. A solicitação de remoção foi feita pela RGE à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que autorizou a supressão, e a motivação se deu em razão de as “árvores possuírem porte expressivo e incompatível para convivência harmônica com o sistema elétrico, ocasionando oscilações no fornecimento de energia elétrica, oferecendo risco à segurança das pessoas e podendo propiciar interrupção da distribuição de energia”.
Estas explicações estão apresentadas em ofício da RGE encaminhado em setembro de 2019 à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, no qual a RGE informa que obtivera a licença 00338/2019 para o manejo. Mesmo sendo de 2019 a licença, apenas em maio de 2020 as árvores foram suprimidas. Importante salientar que a licença, que tem validade de quatro anos, foi fornecida pela Fepam à RGE. O município foi apenas informado do caso.
Agora, o município acompanhará a execução do plano de reposição das árvores. A RGE, pela licença, poderia fazer a reposição em qualquer área do Estado. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Luís Benoitt, o município irá requisitar que a reposição seja feita dentro da área de Lajeado.
– Foram suprimidas árvores grandes, antigas, que embelezavam uma via importante do município. Como não temos alçada para evitar que isso ocorresse, queremos pelo menos garantir que a reposição ocorra dentro da área de Lajeado, e não em outro lugar do Estado. Isso é uma forma de compensar esta perda e contribuir para a manutenção da cobertura vegetal no nosso município – explicou Benoitt.
Em contato com a empresa, através da representante da empresa Katiéle Walendorff dos Santos, houve a apresentação de duas propostas de trabalho, tendo sido aprovada pela Sema a que prevê a reposição das árvores no mesmo local onde as outras foram suprimidas. Desta vez, em vez de espécies altas, serão usadas espécies mais baixas. Mudas grandes de Quaresmeiras e Resedás serão plantadas ao longo da via, em até 60 dias, e serão acompanhadas pela RGE com fiscalização da Sema.
Assessoria de Imprensa de Lajeado