

O auditório do Colégio Presidente Castelo Branco em Lajeado recebeu na noite da última quinta-feira (06) um público muito entusiasmado, na plateia familiares, amigos, autoridades e ex alunos ansiosos para conferir o espetáculo. No palco, mais de 50 crianças e adolescentes atendidos pelo programa Adolescente Legal. Os alunos tocaram e cantaram músicas, no repertório canções populares, folclóricas, natalinas e sucessos internacionais.
A cada nova estrofe muita emoção. Susiclei Kuzma era só sorrisos com a filha Emanuele, de 10 anos. “Maravilhosa a apresentação, é tudo de bom esse projeto para incentivar os jovens. Achei fantástico o cenário, estou muito orgulhosa por tudo que estão fazendo por ela. A educação e a disciplina no grupo são um exemplo.” A família Mein também tem muito a agradecer. “É muito bom, tanto que temos o exemplo de um filho que se deu muito bem no projeto e estamos tentando esse mesmo caminho para a nossa outra filha, disse Etinéia Sandra Fernandes Mein.
Lenita Krieger incentiva muito a filha pequena, que frequenta o projeto desde os 6 anos de idade. A menina tem o sonho de ser cantora. Samuel é aluno há 5 anos, quer ser baterista. “A música comove e move nossos sentimentos e nos faz um ser humano melhor, falou a mãe dele Valdeci Kern.
O banco Sicredi Integração RS/MG é um dos apoiadores do projeto. “Está dentro da nossa essência a valorização e respeito as pessoas e as crianças são o nosso futuro e nós investido em crianças com certeza teremos um mundo melhor, mais humano, e esse é objetivo, frizou Luis Mario Berbigier, diretor executivo Sicredi.
O diretor-presidente do Grupo Charruá Elvidio Elvino Eckert ressaltou que a empresa ajuda diversas entidades, uma delas a Alsepro. “Esse dinheiro é um investimento que fizemos, porque faz essas crianças crescerem num mundo melhor, mais saudável. Muitos desses adultos que estão aqui hoje não tiveram essa oportunidade, esse é um crescimento que temos muita satisfação em colaborar.”
Projeto Adolescente Legal com Música
O programa Adolescente Legal com Música iniciou em 2010, conduzido pela psicóloga Lia Bertóglio, através do Movimento Chega de Violência. As primeiras atividades iniciaram somente em março de 2011, no Bairro Santo Antônio e depois foram transferidas para o Centro de Lajeado. Nesse período, o projeto enfrentou problemas e precisou passar por uma reestruturação, a mais significativa foi a partir de outubro do ano passado.
Em 2018, foi firmado um convênio com o governo do Estado para o uso da sala no colégio onde foi realizado o evento de final de ano. Houve um trabalho intenso para atrair mais alunos, a nova proposta deu resultado. O número passou de 32 para 60, e hoje tem até lista de espera. Com apoio de entidades, grupos e amigos parceiros foi possível ampliar também a quantidade de instrumentos.
A coordenadora do projeto Jaqueline Scussel salientou ainda a parceira com a Univates. “Nós temos a parceira com a Univates para divulgação, a ideia para o ano que vem, é que os alunos do projeto possam ter quem sabe uma bolsa ou façam parte da orquestra da instituição de ensino. Isso é para que se possa ter uma continuidade do trabalho que desenvolvemos aqui e até um incentivo para que permanecem no programa.”
Os alunos são divididos em 3 níveis; iniciante, intermediário e avançado. Este ano, a aula de canto também foi introduzida. Maurício Scalco é um dos professores. Ele enfatizou o potencial dos alunos. “A apresentação foi muito linda, as crianças estavam fantásticas, isso sem contar a participação de todos na plateia. Esse espetáculo foi magnifico, ajuda para ter um ambiente mais produtivo, com uma qualidade sonora melhor a cada ano.”
O presidente da Alsepro, Antonio Scussel destacou o crescimento nos mais diversos aspectos do projeto mantido com apoio da Associação Lajeadense Pró-Seguranca Pública. “Nós conseguimos ampliar o acervo de instrumentos com apoio de várias entidades, investimos muito no programa, proporcionamos estrutura melhor para professores e alunos. Para o ano que vem, devemos pensar em ampliar o número de dias de aula e com isso, ampliar o número de alunos.”
6 anos – Projeto Vida Mais Viva sem Álcool
No dia do evento teve comemoração. O projeto Vida Mais Viva sem Álcool – 18 anos completou 6 anos de atuação na cidade. O promotor Neidemar Fachinetto enfatizou que o projeto está se consolidando, prova disso é que na quarta-feira (5) foi assinado o convênio com o Governo do Estado para o repasse de dinheiro do Fundo Estadual da Criança e Adolescente. “Pra isso acontecer é preciso muita solidez, e a Alsepro conseguiu dar essa visibilidade, e sendo um programa autossustentável, e tem um método muito claro de se executado. Agora precisamos fazer uma atuação de escala, como chegar em 100% dos adolescentes, das famílias para que possa reduzir os danos que o álcool e outras drogas tem causado.”
Fachinetto anunciou que na próxima semana vai ser lançada uma cartilha com um novo diagnóstico realizado em 2018. Segundo ele, os dados são alarmantes. “A tolerância com que as famílias e a comunidade têm em relação ao consumo de álcool aumentou. Em 2012 tínhamos 50 a 65% dos adolescentes com contato com o álcool, agora são 82%. Em 2012 meninos e meninas de 12 anos eram 21% que tinham contato agora são 32% isso significa que o programa ainda tem que fazer muito mais.”
Texto: Ascom programa Adolescente Legal