

Como parte das ações executadas pelo Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar (PGSAF) e pelo Programa Socioassistencial, a Emater/RS-Ascar de Vespasiano Corrêa realizou na quinta-feira (08) uma tarde de campo na propriedade da família Coser, da localidade de Linha Santo Antônio. Na ocasião foram três estações, ministradas por representantes da Emater/RS-Ascar, em que foi discutido o cultivo de alimentos para o autoconsumo, a qualidade do leite e a produção e a utilização da pastagem na alimentação do rebanho.
Na primeira estação, a extensionista, Nádia Pilotto, destacou a importância do resgate da produção para o autoconsumo, não apenas pela economia familiar, mas pela possibilidade de acesso a um alimento limpo e sustentável. “Fora o fortalecimento das relações entre vizinhos e amigos, com trocas de produtos”, enfatizou. Em seguida o extensionista Maicon Berwanger abordou a qualidade do leite, com ênfase na importância do manejo correto na hora da ordenha e da adoção de pré e pós-dipping, descarte dos três primeiros jatos de leite, entre outras medidas.
O extensionista Martin Schmachtenberg destacou a produção de leite a base de pasto. “Uma alternativa mais acessível” avaliou. Uma quarta estação apresentou os objetivos e resultados alcançados pelo PGSAF – política pública operacionalizada pela Emater/RS-Ascar, por meio de convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). No Estado, o programa atende 20 mil famílias e visa a apoiar os participantes em ações que permitam o aumento da renda, a racionalização dos custos de produção, a redução da penosidade no trabalho, o planejamento da propriedade e o acesso a políticas públicas.
Para o anfitrião da tarde, Julmir Coser, a política pública auxilia no gerenciamento da propriedade, contribuindo para tomadas de decisão de forma consciente. Julmir conta com o apoio da esposa Luci e do filho Giovane no trabalho diário de ordenha das 42 vacas em lactação, que produzem mais de 1200 litros de leite por dia. “Com o passar do tempo foram muitas melhorias e adequações para alcançar estes números”, garante Julmir, que ressalta a importância da atenção à dieta do rebanho, da higiene no trabalho e de uma boa genética para os animais.
Giovane, de apenas 23 anos, já participou de vários cursos – muitos deles realizados nos Centros de Formação mantidos pela Emater/RS-Ascar – e pretende permanecer na propriedade. “Aqui há a possibilidade de evoluir, com qualidade de vida”, comenta. Para o jovem a troca de experiências possibilitada pelo dia de campo e a aquisição de conhecimentos é fundamental para se manter atualizado. “O trabalho com o leite certamente mudou, desde a época dos nossos avós e é preciso estar atento a isso”, pondera.
A tarde de campo – ferramenta que tem sido utilizada em todos os 55 municípios dos vales do Taquari e Caí que integram o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado – se soma a outras atividades individuais e coletivas que visam compartilhar experiências e conhecimentos técnicos a respeito daquilo que tem sido desenvolvido nas propriedades a partir do PGSAF. “Nesse sentido, o programa busca coletar indicadores sobre a evolução das condições econômicas, ambientais e sociais das famílias beneficiárias”, salienta o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli.
A tarde de campo contou com a presença do prefeito de Vespasiano Corrêa Marcelo Portaluppi e do supervisor da Emater/RS-Ascar Cezar Burille, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e da cooperativa Sicredi. Burille valorizou o trabalho em parceria para o atendimento a 12 famílias que integram o programa no município. Já Portaluppi destacou os resultados visíveis a partir da adoção de boas políticas públicas que fortalecem o meio rural.
Texto: Ascom Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado