

Uma reunião do Grupo de Fruticultura do Vale do Taquari ocorrida na sexta-feira (19), na Câmara de Vereadores de Putinga, teve o objetivo de discutir e planejar ações que serão realizadas pelo coletivo no ano de 2019. Integram o grupo extensionistas da Emater/RS-Ascar dos municípios da parte alta da região, além de Forquetinha e Pouso Novo. Além das ações de extensão rural realizadas diretamente na casa dos agricultores, estão previstas atividades como encontros, reuniões, seminários e dias de campo em datas a serem definidas.
No que diz respeito à fruticultura, o foco principal do encontro foi a viticultura. Além de discutir novas variedades de uva – BRS Núbia e BRS Ísis – o assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Derli Bonine, apresentou alternativas de controle da podridão cinzenta, doença que atinge os cachos e as folhas, que apresentam lesões marrom escuras. “Nesse sentido, é importante adotar espaçamentos que proporcionem boa aeração e insolação, colher todos os cachos evitando que mumifiquem no pé, realizar poda verde e utilizar fungicidas registrados”, comenta Bonine.
Durante a reunião também houve visitas a dois produtores. Na primeira delas, o agricultor Valmor Pasqualeto conduziu o grupo à videira de 0,75 hectares de uvas das variedades Rubí, Vitória, Núbia, Niágara Rosa, entre outras, que mantém na propriedade que fica na localidade de Linha Santa Lúcia. “Como cultivava erva-mate e tinha tempo para me dedicar a alguma outra atividade, optei por investir em uvas”, afirmou Pasqualeto. “A primeira safra foi de apenas 500 quilos, quando não havia sequer expectativa de produção”, comenta a extensionista da Emater/RS-Ascar, Janes Mezacasa.
Na oportunidade, o grupo pôde conhecer mais sobre a importância de manejos como a desfolha, o desbrote, o desnetamento e a desponta, que contribuirão – somadas a outras ações – para o crescimento de uma videira “forte”. O segundo viticultor visitado, Paulo Valdameri, pretende instalar uma cantina para a produção de vinhos de variedades, como Niágara, Bordô e Champagne. “Atualmente produzimos vinhos para o consumo da família, dos amigos e dos vizinhos e percebemos o potencial da atividade”, resume Valdameri.
Texto: Ascom Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado