

A bandeira do Rio Grande do Sul já predomina no corredor principal da Prédio da Prefeitura. A segunda edição da “Mostra Farrapa” iniciou oficialmente nesta terça-feira, 11, e segue até o final do mês evidenciando o escritor gaúcho João Simões Lopes Neto.
Em parceria com a Unidade local do SESC, a Coordenadoria de Comunicação Social, Marketing e Eventos do Município organizou a mostra que conta com 12 painéis que narram a vida e a obra do pelotense considerado o maior autor regionalista do estado.
Intitulada “João Simões Lopes Neto – O escritor da Alma Gaúcha”, a exposição foi organizada pelo Sistema Fecomércio, SESC e Associação Lígia Averbuck com apoio do Instituto João Lopes Neto. A união destas entidades resultou no resgate da memória e da preservação da cultura de Neto que só alcançou a glória após sua morte.
Como no ano passado, a Coordenadoria de Comunicação juntamente com o Gabinete do Prefeito Giovane Wickert, buscou organizar uma programação alusiva a Semana Farroupilha e aos festejos gaúchos. Em 2017, a Mostra contou com exposição de indumentárias e sarau cultural organizado pelos próprios funcionários da Prefeitura. Neste ano, a opção foi destacar a cultura através de uma importante personalidade estadual.
A exposição é aberta a visitação das 8h até ao meio dia e das 13h30min até às 16h30min, de segunda à sexta-feira. A “Mostra Farrapa – Ano II” acontece no corredor do segundo andar do Prédio Principal.
João Simões Lopes Neto nasceu em Pelotas no dia 9 de março de 1865 e faleceu na cidade da zona sul no dia 14 de junho de 1916. Foi um escritor e empresário brasileiro que segundo estudiosos e críticos de literatura, foi o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, pois procurou em sua produção literária valorizar a história do gaúcho e suas tradições.
Simões Lopes Neto só alcançou a glória literária postumamente, em especial após o lançamento da edição crítica de Contos Gauchescos e Lendas do Sul, em 1949, organizada para a Editora Globo, por Augusto Meyer e com o decisivo apoio do editor Henrique Bertaso e de Érico Veríssimo. Depois de muitas iniciativas empresariais que não deram certo, Simões Lopes Neto, muito empobrecido, sobreviveu como jornalista em Pelotas e morreu aos 51 anos, de uma úlcera perfurada.
Texto: Ascom Venâncio Aires