Com o objetivo de levar às mulheres informações relativas às políticas públicas destinadas a elas, a Rede de Atendimento para Enfrentar a Violência Doméstica e Familiar de Lajeado organizou, na terça e na quarta-feira (12 e 13), duas edições do Dia da Cidadania. Nos dois dias foram três encontros que possibilitaram a agricultoras familiares de Alto Conventos, quilombolas do Morro 25 e indígenas do Jardim do Cedro não apenas a aquisição de conhecimentos sobre temas variados, como o combate à violência contra a mulher, mas também o envolvimento em diversas atividades recreativas, esportivas e de lazer.
Destaque dos dois dias a Unidade Móvel de Acolhimento à Mulher da Secretaria de Políticas Para as Mulheres do Governo Federal – conhecida também como “Ônibus Lilás” – permitiu às participantes o acesso a atendimento psicológico e a assessorias jurídicas e de assistência social. “Para nós, esta é uma conquista que permite às mulheres que vivem em comunidades de difícil acesso, a tomada de conhecimento a respeito dessa verdadeira rede de serviços, disponível por meio de uma série de entidades parceiras”, destaca a assistente Social do Centro de Referência e Atendimento a Mulher (Cram), Magda Rigo.
Como exemplo, Magda cita o trabalho desenvolvido pela Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Lajeado e Região (Atapel), que possibilita a seus integrantes uma série de convênios nos mais variados estabelecimentos comerciais. “É o tipo de benefício que muitas vezes o público em geral não está familiarizado ou mesmo nem sabe que existe”, comenta. Durante o Dia da Cidadania, as participantes também tiveram acesso a testes rápidos de saúde – de HIV, hepatite e sífilis -, tiraram dúvidas sobre o CadÚnico para programas sociais e também sobre o estatuto do idoso.
Uma das promotoras do encontro, a Emater/RS-Ascar utilizou o seu espaço para divulgar o trabalho realizado por meio da Política Intersetorial de Plantas Medicinais do Governo do Estado, que visa a resgatar, valorizar, preservar, promover e qualificar iniciativas em plantas medicinais. De acordo com a extensionista Social da Emater/RS-Ascar, Elizangela Teixeira bastam alguns cuidados básicos para a instalação e manutenção de um pequeno jardim com malva, alecrim, manjericão, losna, hortelã, arruda e orégano, entre outras. “Além dos benefícios medicinais, é uma forma de embelezar e até mesmo perfumar as casas”, comenta.
Outras ações contaram com a participação da Associação de Artesãos de Lajeado e do Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros e Institutos de Beleza do Vale do Taquari (Sindicabes). Além da possibilidade de aquisição de peças de artesanato e do acesso a serviços de manicure e de corte de cabelos, o público também pôde se informar a respeito da obtenção da carteirinha de artesão e sobre a participação em cursos profissionalizantes. “Uma forma de gerar renda e inclusão, melhorando até mesmo a autoestima”, destaca a coordenadora da Casa do Artesão de Lajeado, Helenice Sandi.
Com diversas ações de destaque, a ênfase no trabalho de combate à violência contra a mulher foi a tônica do dia, com a presença da delegada Márcia Bernini, que atendeu as participantes. “Muitas vezes há dúvidas na hora de identificar a violência e de como agir diante dela, cabendo a nós este trabalho”, enfatiza a delegada. “Nossa intenção foi valorizar as comunidades, a partir da realização de um evento completo”, reforça Magda. Para a agricultora Inês Maria Beuren, esta foi uma oportunidade única. “É importante que existam ações para aqueles que moram mais longe da sede”, comentou.
Texto: Ascom Emater