

Um dos principais anseios para o desenvolvimento logístico-econômico do Vale do Taquari está prestes a se tornar realidade. O Aeródromo Regional do Vale do Taquari, localizado em área da Linha São José, em Estrela, interditado em 2006 por problemas estruturais, deverá ser reaberto até o início de 2018. Esta é a expectativa do Governo de Estrela após a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplade) receber a portaria da Agência Nacional de Aviação Civil que autoriza a utilização do espaço. Uma Parceria Público-Privada (PPP), que já está em formação, será a responsável pelos investimentos necessários e administração do local.
De acordo com Guilherme Engster, chefe do departamento de desenvolvimento econômico da Seplade, a parte burocrática foi vencida. “Com a nova portaria fica revogada aquela que em dezembro de 2006 impedia então a utilização do local. Agora temos esta, nº 3.024/SAI, que autoriza o uso do aeródromo por parte da Anac, que é o órgão regulador deste tipo de operação. Já recebemos também a liberação do uso do espaço aéreo por parte do Ministério da Aviação Civil”, destaca. “Agora é preciso tomar algumas medidas, inclusive técnicas, para o uso. Tem a questão da limpeza do local, que já está sendo realizada, o cercamento da área por muros e telas, como obriga a legislação, correção do solo e outras questões de segurança. Após uma vistoria da Anac, o local deverá ser liberado para o uso”, explica.
Conforme o acordo, tantos os investimentos necessários como a futura administração do local ficarão a cargo da PPP que está sendo formada por empresários da região. Oito, de diversos municípios regionais, ligados ao Clube de Aviadores do Vale do Taquari, já trabalham diretamente na questão. Uma empresa de Porto Alegre já realizou um levantamento de tudo o que é preciso ser organizado, construído e investido na pista de 568 metros lineares. A pista deve ser também ampliada numa segunda etapa do projeto para 976 metros.
Investimentos
O secretário Paulo Finck destacou o esforço na concretização da retomada deste espaço e o quanto isso pode trazer de benefícios para Estrela e região. “Por ser um aeródromo regional, mas localizado em Estrela, a responsabilidade de colocá-lo em funcionamento em uso outra vez sempre recaiu sob nossa administração. E nossa preocupação, desde o início, sempre foi de se buscar isto, mas sabíamos que seria um longo e demorado processo por diversos motivos”, explica Finck. “Temos a consciência da importância de um aeródromo, tanto pela parte logística como comercial, para o desenvolvimento de um município, de uma região. Não é diferente no nosso caso. Há um grande interesse por parte de empresários, dos mais diversos segmentos, como o imobiliário, que querem investir em Estrela, na região, mas que querem também estar bem servidos de uma infraestrutura que os permita fazer isso de maneira ágil, mais facilitada, e para estes um aeródromo, um heliporto, que um dia também podemos projetar para o local, já é algo básico”, detalha. “Este investidor, por mais que monte uma equipe especializada nas suas unidades, deseja sempre que for necessário poder acompanhar mais de perto, muitas vezes, o desenvolvimento destes seus investimentos. Como também os nossos investidores locais, que poderão utilizar desta nova alternativa para viabilizar outros negócios de maneiras mais dinâmica”, diz. “E para o município trata-se de um grande avanço, pois volta a dar utilidade para uma importante área que estava em desuso, e pode vislumbrar a partir daí uma grande expansão até mesmo dos arredores desta área, numa atração de outras empresas. E há também toda a questão que envolve o transporte de pacientes em estado grave, órgãos e outros segmentos da saúde que sempre se fazem necessários.” Empresas ligadas ao ramo de táxi-aéreo e de passageiros já demonstram interesse em investir no local em etapas seguintes do projeto.
Texto: Ascom Estrela