Desde sexta-feira (31), o Abrigo São Chico passou a centralizar o atendimento da população de rua de Lajeado. Pela manhã, foi concluída a mudança do mobiliário e equipamentos, que foram trazidos do antigo abrigo, a Casa de Acolhida, para uma sala do São Chico. A partir desta noite, o espaço passa a oferecer mais 14 vagas para moradores de rua de Lajeado, sendo 12 vagas masculinas e 2 femininas. Com esta mudança, a Prefeitura Municipal de Lajeado, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social (STHAS), encerra o convênio com a Casa de Acolhida, concentrando o atendimento no São Chico.
Os moradores que utilizavam a Casa de Acolhida somente durante a noite para dormir, se alimentar e realizar sua higiene pessoal, serão direcionados ao São Chico. No novo local, contarão com atendimento 24 horas por dia, durante todos os dias da semana. A acolhida de novos moradores de rua ocorre a qualquer momento do dia, mas aqueles que já estão inseridos na casa devem chegar até as 19h, horário limite, para realizarem sua higiene e receberem o jantar. O Abrigo São Chico já tinha convênio com o município para receber 30 pessoas, a um valor mensal de R$ 32 mil, e agora terá mais 14 vagas, com valor extra de R$ 14 mil. Na Casa de Acolhida, o custo para atender estas pessoas que agora serão transferidas era de R$ 26,5 mil.
– Estamos muito felizes em conseguir fazer esta alteração em tão pouco tempo. Além de oferecermos um atendimento melhor, mais qualificado e por mais tempo a estes moradores de rua, contribuindo para que possam se reintegrar à sociedade, a mudança também representará economia para o município – disse Lorival Silveira, secretário titular da Sthas.
O Abrigo São Chico passou por reformas, adaptações e aumentou sua estrutura física para receber os novos 14 moradores de rua. Além disso, o espaço conta com assistência técnica, incluindo assistente social, psicóloga, monitores e cozinheira. Além disso, os moradores também possuem seus deveres na casa: eles são convidados a organizar suas camas durante a manhã, o espaço no armário com seus pertences e a lavar os utensílios que utilizam na alimentação.
– Pretendemos realizar oficinas para estes moradores, a fim de que eles criem uma certa autonomia e aprendam atividades básicas da casa. Isso pode ajudá-los quando saírem daqui para recomeçar uma vida. Além disso, temos um trabalho estruturado, com a disponibilização de assistência básica, acompanhamento psicossocial e encaminhamentos para a rede de atendimento específico- disse a assistente social, Luana Dias Pereira Kortz.
Texto: Ascom Lajeado