O apenado, J. C. D. L., 38 anos, produz diariamente dois mil pães, que servem de alimento para presos e servidores da casa prisional. O ofício exige dinamismo, organização e gestão de tempo, características que o detento, mesmo com o pouco estudo, já adquiriu.
A parceria para este trabalho prisional foi construída pela direção da PEC, com o apoio do setor de Atividade Segurança e Disciplina, e tem o acompanhamento da psicóloga Débora Oliveira, do setor técnico. Além da responsabilidade com os pães, o detento coordena a cozinha geral da PEC, supervisionando 17 apenados que elaboram quatro refeições diárias, para os mais de 650 apenados do estabelecimento. Foi o desempenho neste trabalho que lhe rendeu a participação no convênio.
No convênio, o preso tem direito a remuneração (75% do salário mínimo regional, cerca de R$ 773) e remição (a cada três dias, diminui um da pena). Prestes a ir para o regime semiaberto, J. C. D. L, faz planos de continuar trabalhando, juntar dinheiro, comprar uma casa e construir uma família. “Perdi muito tempo da minha vida em cadeia, agora não volto nunca mais”, afirma.
Texto: Ascom Susepe