Em Encantado foi realizado um levantamento de dados de 2010 a outubro de 2016, em que foi observada uma quantidade elevada de óbito fetal/infantil no município. No ano de 2010 ocorreram quatro óbitos; em 2011 três óbitos; nos anos seguintes foram dois casos; em 2015 foram cinco casos e até outubro de 2016 ocorreram três mortes.
Conforme o levantamento, as causas mais frequentes dos óbitos ocorridos de 2010 a 2016 foram: prematuridade (é quando o bebê nasce antes das 36 semanas e 6 dias), retardo de crescimento intrauterino (ocorre quando o feto não atinge o tamanho esperado), oligidrâmnio (diminuição do liquido amniótico), sepse (é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção) e mal formação congênita.
Para diminuir o número de casos e de riscos, é importante adotar medidas preventivas para diminuir e/ou evitar óbitos fetais/infantis. Entre as principais está o acolhimento imediato no primeiro trimestre de gestação e a continuidade da assistência até o termino da gravidez e do parto; planejamento familiar; grupos de gestantes; garantia de acesso aos exames, medicações e imunizações.
A comissão de óbito do município de Encantado é composta por quatro enfermeiras e um médico. O grupo faz uma análise critica e criteriosa sobre a questão social e assistencial, levantamento de dados nas instituições de atendimento (ambulatorial, hospitalar, postos de saúde e consultórios médicos), entrevista domiciliar (com a mãe e/ou familiar) e por fim discussão e síntese dos dados.
Esta comissão tem como objetivo conhecer e identificar as possíveis causas de mortalidade fetal/infantil, assim como a implementação de medidas que promovem a redução da mortalidade, melhorando informação e qualidade da assistência da saúde em caráter educativo, sigiloso e éticos.
Texto: Portal Região dos Vales/Ascom Encantado