Na verdade, uma mãe que consome alimentos nada saudáveis é responsável pela formação do feto, que após seu nascimento continuará consumindo alimentos não saudáveis, em quantidades excessivas e ainda que acostumam o organismo a consumir refeições mais prejudiciais que benéficas para o organismo. A criança convive com os pais que não possuem hábitos saudáveis e aprende que aquele modelo de alimentação é “normal” e cresce neste meio tornando-se um adulto no modelo dos pais.
Acontece que se podemos mudar nossa genética para pior através de hábitos ruins, desenvolvendo como consequência doenças, o que impede de mudarmos nossos hábitos para melhor e chegar a sermos adultos mais saudáveis que nossos pais? O que impede é exatamente a mudança de hábitos. Essa tarefa é muito desafiadora, pois os hábitos que crescem juntamente com as pessoas fazem parte da vida e são chamadas de crenças ou paradigmas. Muitas vezes acreditamos em certas coisas que não colaboram para a melhora da nossa vida, simplesmente a limita e uma destas crenças é acreditar que filho de pais obesos não tem jeito e vai ser para sempre obeso. Não necessariamente. Se a criança aprende a se alimentar exageradamente com alimentos prejudiciais à saúde, não pratica nenhuma atividade física, e não sai para nenhum lugar a não ser de carro é bem provável que será uma criança obesa e que possui chance elevadas de ficar para toda vida na faixa da obesidade. Porém, se este mesmo indivíduo, em alguma etapa da vida resolve mudar sua situação e iniciar um plano de atividades físicas com certa frequência e intensidade, inicia uma alimentação mais saudável e acredita que vai ser e pode magro, as chances de mudar a sua própria história tende a ser bem grande.
Mas mudar um hábito requer muita força de vontade, exige superação, exige tempo, foco e comprometimento e isso não é tão simples. A boa notícia é: Todas as pessoas podem mudar hábitos e isso pode acontecer entre 3 semanas a 120 dias. Durante este tempo vários sentimentos podem aparecer como ansiedade, vontade de “chutar o balde”, sensação de impotência, descredito em si mesmo entre outras, o que é perfeitamente normal e é passageiro, se houver perseverança. Mas, então: será que vale a pena investir 4 meses da vida para colocar força e foco em uma mudança que pode beneficiar muitos anos, sem contar o acréscimo de anos de vida? Ou não?
Eliana Giacobbo – Nutricionista Coach de Emagrecimento