Não, infelizmente nada muda na guerra pelo poder, seja numa cidadezinha de 1500 habitantes ou na dita maior democracia mundial. A luta por poder é capaz de transformar as pessoas, e pior, é capaz de mostrar o que de pior existe no ser humano. Thomas Hobbes, no século 17, na época do racionalismo e iluminismo medieval, já dizia que “o homem é lobo do homem”, ou seja, se deixarmos os homens em seu estado de natureza, estes estarão sempre em guerra uns contra os outros e em constante estado de medo.
Pois a guerra política mostra exatamente este estado de natureza entre os candidatos. Propostas, ideias, trabalho e história são deixadas de lado e ataques, fúria e denúncias dão o tom da disputa pelo voto do cidadão. E o pior, as pessoas gostam. Sendo aqui ou lá, as pessoas se prendem pela mídia quando há algum tipo de tragédia, quando a notícia é catastrófica ou, neste caso, quando a disputa baixa é a atração da noite, são as primeiras a pararem sua rotina para acompanhar o embate. Interessadas em novidades ou em algum tipo de declaração que diz respeito ao seu futuro? Não. Só querem ver o “sangue moral” correr entre os postulantes.
Vejam que os exemplos, Hillary e Trump, Melo e Marchezan, ou qualquer outro que seja o embate, não se distinguem na hora do enfrentamento. Todos levam a mesma linha de combate, todos buscam o mesmo objetivo e todos os casos fazem parte de nosso futuro. Querendo ou não, entregamos nossa humanidade nas mãos dessas pessoas, e pior, sabendo e de certa forma, aprovando esse tipo de atitude.
Nada de novo, a política sempre foi assim e sempre será. E as pessoas, após esses embates, que entristecem alguns poucos pois não fornecem nenhuma esperança de futuro para humanidade, seguirão suas rotinas e reclamarão: onde foi que erramos?
Boa semana!
Fredi Camargo – Cientista Político
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